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O que é dermatite atópica? Conheça seus sintomas

Você já deve ter ouvido falar alguma vez sobre o problema, mas será que sabe exatamente o que é dermatite atópica

Tal denominação para essa condição, que é caracterizada por um aumento da reatividade cutânea diante de estímulos diversos, começou a ser utilizada na década de 1930, porém, há diversos relatos anteriores relacionados à doença – há, por exemplo, ilustrações mostrando casos de dermatite atópica que datam do final dos anos 1700 e início dos anos 1800.

As causas dessa patologia são multifatoriais e não estão totalmente claras, mas entende-se que podem envolver especialmente a hereditariedade, problemas de barreira epidérmica, mecanismos imunológicos e elementos ambientais.

Estima-se que 10% de todas as pessoas em todo o mundo são afetadas por dermatite atópica em algum momento de suas vidas. De fato, a incidência dessa condição aumentou entre duas e três vezes desde a década de 1970. O motivo para isso não está totalmente claro, no entanto, fatores ambientais (como a crescente poluição nas grandes cidades) parecem desempenhar um papel importante na prevalência dessa doença.

Portanto, compreender melhor o que é dermatite atópica é bastante importante, sobretudo quando se considera que essa condição pode resultar em morbidade significativa, levando também seus portadores a situações como o absentismo escolar, a incapacidade ocupacional e o estresse emocional.

Por isso, neste artigo, descubra o que é dermatite atópica, seus sintomas característicos, diagnóstico e os principais tratamentos para essa condição – incluindo as revolucionárias infusões de medicamentos. Acompanhe a seguir.

Afinal, o que é dermatite atópica?

Comumente chamada de eczema atópico, a dermatite atópica é um processo inflamatório, crônico, não contagioso, que pode estar associado a outras doenças – tais como asma, bronquite ou rinite alérgica -, porém, com manifestação clínica variável. Trata-se de uma condição caracteristicamente com períodos de remissões e exacerbações.

Esse tipo de dermatite, que, conforme dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD –  acomete 7% da população adulta e 25% das crianças do país, é causada, entre outros fatores, pela ausência de barreira de proteção da pele, o que provoca uma perda de água frequente. 

Comumente, refere-se a um quadro inflamatório que vai e vem, podendo haver intervalos de meses ou anos, entre uma crise e outra. A dermatite atópica geralmente começa antes dos 5 anos de idade e pode persistir na adolescência e na idade adulta. 

Essa condição apresenta três fases clínicas, a saber:

  1. Dermatite atópica aguda: aqui, as lesões são avermelhadas e edematosas. Podem-se apresentar erupções vesiculares (bolhas);
  2. Dermatite atópica subaguda: placas secas, escamosas e eritematosas podem se manifestar na pele;
  3. Dermatite atópica crônica: nessa fase, a coceira intensa pode levar a lesões cutâneas que parecem secas e rígidas. Estima-se que metade dos pacientes desse estágio sofram com depressão ou ansiedade; 

Quais são os principais sintomas?

O processo inflamatório da pele apresenta sintomas característicos, incluindo:

  • Xerose (pele ressecada);
  • Lesões avermelhadas na pele;
  • Prurido (coceira) intenso – principalmente à noite;
  • Pele rachada e escamosa;
  • Bolhas e inchaço na pele;
  • Infecções na pele;
  • Feridas abertas, com crostas (geralmente durante as crises;
  • A pele pode ficar grossa, escura e com cicatrizes (quando se coça a pele).

Esses sinais costumam se manifestar no rosto e couro cabeludo de crianças pequenas e no joelho e cotovelo dos adultos, mas podem surgir também em outras áreas, incluindo mãos, pés, tornozelos, pulsos, pescoço, parte superior do peito, pálpebras, entre outras.

Isso porque os sintomas (sobretudo a área envolvida) e o quadro clínico mudam de acordo com a faixa etária, sendo: fase infantil (3 meses a 2 anos de idade); fase pré-puberal (2 a 12 anos de idade) e fase adulta (a partir de 12 anos de idade).

Sem o tratamento para contenção desses sintomas, o problema pode ser agravado, pois as feridas na pele, que muitas vezes descamam devido à coceira intensa, são como portas abertas para a entrada de bactérias.

Dermatite atópica e psoríase: quais são as principais diferenças?

Ambas as patologias acometem a pele, são crônicas e impactam na qualidade de vida do paciente e em sua autoestima.

No entanto, uma das diferenças fundamentais é que a psoríase comumente afeta a região extensora do corpo, enquanto a dermatite atópica geralmente acomete a região flexora. 

Ainda, entre os sintomas da psoríase estão as manchas cobertas por escamas esbranquiçadas, pele rachada (por vezes com sangramento), sensação de queimação e dor na pele. Como vimos, os sintomas característicos principais da dermatite atópica costumam envolver outros elementos.

Os riscos associados à psoríase tendem a ser mais graves do que os da dermatite atópica, incluindo doença renal e cardiovascular, artrite psoriática, mal de Parkinson, síndrome de Chron, entre outros.

Quais são as causas para o surgimento?

As causas da dermatite atópica ainda não são motivo de consenso na comunidade médica. No entanto, sugere-se que a predisposição genética e o histórico familiar podem ter grande relação com o aparecimento da doença – de fato, conforme estudo, quando ambos os pais são atópicos, seus filhos têm 70% de possibilidade de terem dermatite atópica.

Desse modo, tem-se que o principal fator de risco para dermatite atópica é o histórico pessoal ou familiar de eczema, alergias, febre do feno ou asma.

Entretanto, existem alguns fatores que podem contribuir para o surgimento da dermatite atópica, sendo eles: alergia a pólen, a mofo, a ácaros ou a pelo de animais; composições químicas adicionadas a loções ou sabonetes; contato com detergentes e produtos de limpeza em geral; baixa umidade do ar; contato com roupas de lã e de tecidos sintéticos; frio intenso; calor excessivo e transpirações; estresse emocional, entre outros.

Morar em um lugar que geralmente é muito frio ou que apresenta muita poluição também pode aumentar as chances de manifestação do problema.

Ainda, há estudos que afirmam que muitos pacientes com dermatite atópica sofrem uma mutação no gene responsável pela criação da filagrina. A filagrina é uma proteína que ajuda nosso organismo a manter uma barreira protetora saudável na camada superior da pele. Sem filagrina suficiente para criar essa forte barreira cutânea, a umidade pode escapar, levando aos sintomas característicos da condição. 

Quais são os riscos associados à dermatite atópica?

A pele saudável ajuda a reter a umidade e protege-nos de bactérias, substâncias irritantes e de alérgenos. Já a pele com dermatite atópica tem essa proteção prejudicada, o que favorece que ela seja afetada por fatores ambientais, irritantes e elementos causadores de alergias, incluindo também infecções de pele por bactérias, fungos e vírus. 

Também pode ocorrer atrofia da pele em função de tratamento prolongado com medicamentos como corticosteroides tópicos.

Além disso, a dermatite atópica pode preceder problemas como asma e febre do feno. De acordo com estudo, mais da metade das crianças pequenas com dermatite atópica desenvolve asma e febre do feno aos 13 anos.

Outro problema comumente associado a essa condição diz respeito aos distúrbios de sono, visto que a coceira intensa pode afetar a qualidade do sono do paciente. Ainda, problemas sociais, causados em razão das lesões e coceiras que podem evoluir para quadros de depressão e isolamento também podem ocorrem.

Vale também destacar que as crianças com dermatite atópica são especialmente suscetíveis à infecção grave e generalizada pelo vírus herpes simplex – uma infecção sistêmica e potencialmente fatal que afeta principalmente áreas de eczema atópico ativo. 

Como é feito o diagnóstico da dermatite atópica?

Agora que você já sabe o que é dermatite atópica, é hora de saber como o problema é diagnosticado. 

O diagnóstico é dado a partir do laudo clínico e avaliação dos sintomas, que leva em consideração a localidade das lesões, a intensidade da coceira, a associação com outras doenças e o histórico familiar. 

Embora, ao perceberem as lesões na pele, muitas pessoas acreditem se tratar de dermatite atópica, há outras condições que podem levar ao surgimento das erupções cutâneas, tais como psoríase, determinados problemas imunológicos ou, mesmo, outro tipo de dermatite, a de contato.

Por isso, vale ressaltar que o autodiagnóstico é algo potencialmente nocivo ao paciente, pois pode retardar o início do tratamento adequado, levar a novas crises e à perda de qualidade de vida.

Como é o tratamento para dermatite atópica?

A dermatite atópica não tem cura. Apesar de o paciente ter de conviver com essa condição a vida toda, é possível viver bem se for realizado o tratamento ideal e se forem tomados os devidos cuidados necessários para evitar crises e aliviar os sintomas característicos.

Desse modo, o objetivo do tratamento visa, sobretudo, o controle da coceira, a redução da inflamação da pele e a prevenção das recorrências.

Também é importante saber que as infecções secundárias geralmente requerem tratamento com antibióticos tópicos ou orais – ou ambos.

Cada caso deve ser avaliado por um profissional dedicado para que o tratamento específico seja prescrito de modo individualizado. No entanto, de forma geral, são indicados hidratantes, emolientes, corticoides de uso tópico, remédios imunossupressores e anti-histamínicos, já os antibióticos só são indicados se houver infecção bacteriana. Ainda, fototerapia também pode ser indicada, especialmente para os casos de difícil controle.

Aqui, vale ressaltar uma das grandes inovações no tratamento de dermatite atópica: as infusões de medicamentos – também conhecidas como remédios imunobiológicos. Ela surge como uma novidade estimulante para os pacientes de casos mais agravados. Ainda, é um alento para aqueles que não têm os resultados esperados com os tratamentos convencionais ou para quem sofre com os efeitos colaterais de tais medicamentos – em um estudo, constatou-se que quase 40% de quem se trata com imunossupressores apresenta reações adversas, tais como a pressão alta.

Outro dos benefícios desse medicamento é ajudar a evitar hospitalizações ou a visita às emergências, decorrentes de agravos nas crises ou de comorbidades – isso é, doenças associadas à dermatite atópica, já que ele ajuda, de modo muito prático, a controlar a doença e seus efeitos nocivos na vida do paciente.

A pomada para dermatite atópica é eficiente?

Como vimos, o uso de pomadas frequentemente faz parte do tratamento recomendado para dermatite atópica. Isso porque, de modo geral, elas podem ajudar a manter a pele hidratada, selando a umidade do local, estimulam a cicatrização das lesões e trazem alívio para a coceira. Para isso, elas devem ser utilizadas, ao menos, duas vezes ao dia e sempre após o banho (ou conforme a orientação específica do seu médico).

Há diversas pomadas para dermatite atópica no mercado, com diferentes veículos e níveis de potências. No entanto, não se deve utilizá-las sem a prescrição médica, a fim de evitar efeitos colaterais, incluindo a atrofia da pele e mesmo reações alérgicas a determinadas substâncias. Ainda, os produtos com corticoide, com o uso prolongado, podem levar ao surgimento de problemas como hipertensão, diabetes e osteoporose.

Cabe também salientar que, comumente, apenas o uso da pomada para dermatite atópica não é o suficiente – de fato, conforme dados, esse uso isolado, sem um tratamento adequado para o processo inflamatório relacionado à doença, pode elevar o risco de o paciente apresentar infecções bacterianas e virais.

Por isso, ressaltamos novamente que é importante sempre buscar auxílio médico, para encontrar o tratamento mais eficiente e integral para a dermatite atópica e seus efeitos relacionados, além de conversar com o especialista a respeito de novas opções de tratamento, como as infusões de medicamentos. 

Quais são as principais recomendações para evitar novas crises?

Sabendo o que é dermatite atópica e conhecendo seus sinais, é possível aliviar os sintomas ou evitá-los, tomando algumas providências e cuidados com a pele, em paralelo ao tratamento farmacológico. Por exemplo: 

  • Identificar os fatores de risco que desencadeiam crises;
  • Tentar ao máximo não arranhar ou esfregar a pele afetada;
  • Tomar banhos rápidos e não muito quentes para não ressecar a pele;
  • Secar-se com cuidado após o banho, utilizando uma toalha macia, enquanto a pele ainda está molhada;
  • Utilizar sabonetes suaves. Os do tipo desodorizantes e antibacterianos podem remover mais óleos naturais e agravar o ressecamento da pele;
  • Manter a pele sempre bem hidratada;
  • Dar preferência ao uso de roupas de algodão às de lã ou fabricadas com tecido misto ou sintético;
  • Manter o ar circulando no ambiente, deixando portas e janelas abertas;
  • Evitar contato com irritantes físicos (poeira, areia, fumaça, etc.);
  • Tomar bastante água;
  • Utilizar travesseiros de fibra sintética;
  • Utilizar protetor solar ultravioleta de amplo espectro.

Lembre-se de que é necessário seguir à risca as orientações médicas e jamais se automedicar ou interromper o tratamento sem a prescrição de um especialista.

Tratamento para dermatite atópica na Clínica Croce

Se você sofre com esse problema ou se tem sintomas parecidos e ainda não foi diagnosticado, é hora de cuidar da sua saúde e bem-estar. Venha nos fazer uma visita, conheça nossa clínica, nossas especialidades e tire todas as suas dúvidas sobre a dermatite atópica e seus possíveis tratamentos.

Na Clínica Croce, você encontrará um corpo médico altamente especializado e dedicado à sua saúde e bem-estar. Nossa equipe atua de modo multidisciplinar, a fim de criar estratégias para prover o tratamento mais ágil e eficiente possível. 

Além disso, nossa clínica conta com instalações modernas, aconchegantes, acolhedoras e seguras, atendendo todos os protocolos para realizar seu atendimento de modo humanizado e assertivo.

Ainda, utilizamos os equipamentos e os tratamentos mais modernos – incluindo as infusões de medicamentos. Para o tratamento de casos moderados ou graves de dermatite atópica, trabalhamos com a infusão Dupilumab (Dupixent®).

Trata-se de um anticorpo monoclonal (dupilumab) que atua sobre o principal mecanismo inflamatório da patologia. Ele tende a apresentar um tempo de resposta mais rápido do que os medicamentos convencionais e tem uma aplicação bastante prática.

Essa infusão medicamentosa age bloqueando os elementos que causam a inflamação, mas sem impedir que eles exerçam sua devida função no sistema imunológico. Isso ajuda a trazer ainda mais segurança ao tratamento, excelente redução das coceiras e o controle da inflamação na pele, visto que ele atua nos processos inflamatórios que acontecem nas camadas cutâneas mais profundas.

Outro benefício, conforme estudo, é que, por tais efeitos, os pacientes que utilizam esse medicamento biológico em seu tratamento apresentam melhora em quadros de depressão causada pelo problema e um incremento notório em sua qualidade de vida.

E então, agora que você já sabe o que é dermatite atópica, conhece seus sintomas e principais possibilidades de tratamento, se você suspeita que possa ter essa condição ou, mesmo, se já tem o diagnóstico e busca melhores resultados para seu tratamento, não deixe de conhecer todos os diferenciais da Clínica Croce.