A asma é uma das doenças crônicas mais prevalentes no mundo. Estima-se que 300 milhões de pessoas convivem com essa condição que afeta diretamente a respiração e a qualidade de vida. No Brasil, a realidade não é diferente: a doença representa uma das principais causas de internações no sistema público de saúde. Apesar de sua ampla incidência, ainda existe muito desconhecimento sobre o que é a asma, quais são seus sintomas, fatores desencadeantes e como ela pode ser controlada de forma eficaz.
Neste artigo, vamos aprofundar o conhecimento sobre a asma, esclarecendo os principais pontos sobre a doença. Você vai entender como ela se manifesta, quais os riscos que representa, quais são os métodos de diagnóstico e as melhores formas de tratamento. Continue a leitura para se informar e saber como ajudar quem sofre com essa condição tão comum, mas ainda subestimada.
Entendendo a asma: o que é a doença?
A asma é uma inflamação crônica dos brônquios, os canais que levam o ar até os pulmões. Quando ocorre uma crise, essas vias ficam estreitas e inflamadas, dificultando a passagem de ar e provocando sintomas como falta de ar, chiado no peito e tosse. A intensidade das crises varia bastante entre os pacientes. Em casos mais leves, os sintomas podem ser ocasionais e brandos. Já em casos mais severos, a asma pode ser incapacitante e até colocar a vida do paciente em risco.
Importante destacar que a asma não é contagiosa. Ela é uma condição inflamatória e pode estar relacionada a fatores genéticos, ambientais e imunológicos. Além disso, apesar de ser uma doença crônica, ou seja, que não tem cura definitiva, é possível controlá-la com tratamento adequado, evitando crises e melhorando a qualidade de vida.
Quais são os principais sintomas da asma?

Identificar os sintomas da asma é essencial para o diagnóstico precoce. O sinal mais característico da doença é a falta de ar, geralmente acompanhada de chiado no peito. Esses sintomas costumam se intensificar à noite, nas primeiras horas da manhã ou após a prática de exercícios físicos.
Além disso, a tosse persistente e a sensação de aperto no peito também são comuns. Em muitas pessoas, esses sinais aparecem após exposição a alérgenos, como poeira, mofo, pelos de animais ou mudanças bruscas de temperatura. Por isso, observar padrões nos episódios de falta de ar pode ajudar bastante na identificação do problema.
No entanto, não são apenas os sintomas respiratórios que devem chamar a atenção. Em crianças pequenas, por exemplo, a asma pode se manifestar de forma sutil, como cansaço frequente, dificuldade para brincar ou crises de tosse após correr. Por isso, pais e cuidadores devem ficar atentos e buscar ajuda médica quando esses sinais se repetem.
O que causa a asma? Conheça os principais fatores
As causas da asma ainda não são completamente compreendidas pela ciência. Sabe-se, porém, que a combinação entre predisposição genética e exposição a certos agentes ambientais aumenta consideravelmente o risco de desenvolver a doença. Ou seja, quem tem histórico familiar de asma ou de outras doenças alérgicas, como rinite e dermatite atópica, deve ficar ainda mais atento.
Entre os principais fatores que podem desencadear crises de asma, estão os alérgenos ambientais (como ácaros, pólen e pelos de animais), infecções respiratórias virais, poluição, fumaça de cigarro, produtos de limpeza com odor forte e até mesmo o estresse emocional. Em muitos casos, uma única exposição não é suficiente para gerar uma crise, mas o contato frequente com esses gatilhos pode agravar o quadro e aumentar a frequência dos sintomas. Compreender o que desencadeia as crises é uma etapa fundamental no controle da asma. Quando o paciente conhece seus gatilhos, pode evitá-los ou, ao menos, se preparar melhor para enfrentá-los.
Como é o diagnóstico da asma?
O diagnóstico da asma é clínico e se baseia, principalmente, na história do paciente e na análise dos sintomas. O médico irá investigar a frequência e a intensidade das crises, além de avaliar se há fatores que costumam desencadeá-las. Também é comum que o médico solicite exames complementares, como a espirometria, que mede a função pulmonar e identifica possíveis obstruções nas vias aéreas.
Em alguns casos, testes alérgicos também devem ocorrer, especialmente quando há suspeita de que a asma esteja relacionada a reações alérgicas. É importante destacar que um especialista deve fazer o diagnóstico, geralmente um pneumologista ou alergologista, que saberá avaliar o quadro com precisão e orientar o melhor tratamento. Muitas vezes, confunde-se a asma com outras doenças respiratórias, como bronquite ou enfisema. Por isso, contar com uma avaliação profissional é essencial para evitar erros no diagnóstico e garantir a escolha do tratamento mais eficaz.

Tratamento da asma: como manter os sintomas sob controle
Embora a asma não tenha cura, seu tratamento é altamente eficaz quando seguido corretamente. O objetivo principal é controlar a inflamação dos brônquios, prevenindo crises e melhorando a qualidade de vida. Para isso, o tratamento costuma ser em duas categorias: medicamentos de controle e medicamentos de alívio.
Os medicamentos de controle, como os corticosteroides para inalação, devem ser de uso diário para manter os brônquios desinflamados e reduzir a sensibilidade às substâncias desencadeantes. Já os medicamentos de alívio, como broncodilatadores de ação rápida, são utilizados durante as crises para abrir as vias aéreas e aliviar os sintomas. Além do uso de medicamentos, mudanças no estilo de vida também devem ocorrer.
Manter a casa limpa, evitar ambientes com fumaça ou poeira, praticar atividade física com orientação médica e evitar o tabagismo são atitudes que fazem grande diferença no controle da doença. O acompanhamento regular com o médico é fundamental para ajustar o tratamento conforme a resposta do paciente e evitar complicações. Com um plano bem estruturado, é possível reduzir significativamente o número de crises e levar uma vida ativa e saudável.
Convivendo com a asma: qualidade de vida é possível
Conviver com a asma exige atenção, mas não impede ninguém de viver bem. Quando o paciente adota as orientações médicas e mantém o tratamento em dia, as chances de hospitalização caem drasticamente. Além disso, a maioria das pessoas com asma controlada consegue estudar, trabalhar, praticar esportes e realizar todas as suas atividades normalmente.
A chave está na conscientização. Informar-se sobre a doença, compreender os sintomas, identificar os gatilhos e seguir o tratamento de forma disciplinada são atitudes que fazem toda a diferença. Com isso, é possível transformar a convivência com a asma em algo leve e bem administrado.

A asma é uma condição comum, mas que ainda é subestimada por grande parte da população. Os dados são claros: 300 milhões de pessoas no mundo vivem com a doença. No entanto, muitas delas não recebem o tratamento adequado ou sequer sabem que são asmáticas. Por isso, a informação é uma ferramenta poderosa para mudar esse cenário. Agora que você conhece melhor a asma, seus sintomas, causas e formas de tratamento, pode contribuir para um diagnóstico mais precoce e um controle mais eficaz da doença — seja em você ou em alguém próximo.
Quer saber mais? Veja também os tipos de asma e como tratá-los corretamente!