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Como identificar uma alergia nos olhos?

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A alergia nos olhos é algo muito comum. O problema atinge, em especial, pessoas que já sofrem com outras alergias, como rinite, asma ou alergias de pele, e está relacionado com a predisposição do organismo a reações alérgicas.

Podemos definir a alergia nos olhos como uma resposta do sistema imunológico ao alérgeno, ou seja, substância que pode induzir uma reação de hipersensibilidade em algumas pessoas.

Para pessoas que fazem contato direto com possíveis alérgenos, como pólen, mofo, poeira ou pelos de animais, a possibilidade de desenvolver uma alergia nos olhos é dobrada. A seguir, saiba mais sobre esse quadro, como ele se manifesta e formas de evitá-lo!

Como surge a alergia nos olhos?

A alergia nos olhos pode acontecer por diferentes causas, como o uso de maquiagem fora do prazo de validade, contato com pelo de animais ou poeira, ou exposição à fumaça de cigarro, ou perfumes, por exemplo.

Dessa forma, quando uma pessoa é exposta a algum destes fatores, é possível desenvolver sinais típicos de alergia nos olhos, como vermelhidão, sensação de ardência e coceira.

O que causa alergia nos olhos

Os alérgenos costumam ser substâncias inofensivas que causam problemas para pessoas predispostas às reações alérgicas. As substâncias transportadas pelo ar e que mais comumente causam alergia nos olhos são pólen, mofo, poeira e pelos de animais.

Além disso, as alergias podem ser causadas por reações a certos tipos de cosméticos ou colírios. Já alergias alimentares e reações alérgicas às picadas de abelha ou demais insetos não afetam os olhos de forma tão severa, como os alérgenos transportados pelo ar. De forma geral, a alergia nos olhos é mais comum em pessoas que já apresentam uma alergia respiratória, como sinusite ou rinite, consequência também de:

  • uso de maquiagem vencida;
  • contato com pelo de cachorro, gato ou outros animais;
  • exposição ao pólen, poeira ou fumaça de cigarro;
  • contato com mofo;
  • cheiros fortes, como perfumes e incensos;
  • consumo de alguns alimentos.

Sintomas 

A alergia nos olhos pode causar o aparecimento de sintomas que acometem as pálpebras e a região ao redor dos olhos, resultando em inchaço, vermelhidão, lacrimejamento, coceira e sensação de ardência nos olhos, além de maior sensibilidade à luz.

Tais sintomas também costumam estar presentes em caso de conjuntivite. Por isso, ao sentir que estes sintomas duram mais que 1 dia sem que ocorra a melhora, é importante que a pessoa consulte o oftalmologista para que seja diagnosticada a causa da alergia e indicado o tratamento mais adequado. 

Tipos de alegia nos olhos

A alergia nos olhos pode também ser um sintoma de algumas doenças oculares, que precisam ser identificadas e tratadas adequadamente. A seguir, conheça as principais causas da alergia relacionada às patologias oculares.

Conjuntivite atópica

A conjuntivite atópica é a forma mais comum da alergia nos olhos. Ela acontece em consequência da hipersensibilidade a substâncias poluentes transportadas por via aérea, como pólen, pelos de animal, ácaros e poeira. A conjuntivite é comum em pessoas que já sofrem com a rinite alérgica.

Conjuntivite alérgica sazonal

A conjuntivite sazonal é uma doença aguda causada pela hipersensibilidade ao pólen. É caracterizada por episódios, no entanto, torna-se persistente durante o verão. Entre as manifestações estão a coceira nos olhos, vermelhidão, inchaço das pálpebras, ardência e lacrimejamento. A conjuntivite alérgica sazonal pode ser tratada com os anti-histamínicos, medicamentos anti-inflamatórios e outros de acordo com a indicação médica. 

Em alguns casos, a infusão medicinal pode ser usada para aliviar quadros severos, melhorando a sensação de hipersensibilidade. Essa é uma forma de impedir inflamações crônicas que podem causar dano a longo prazo, assim como tratar outras manifestações alérgicas.

Conjuntivite alérgica contínua

A conjuntivite alérgica contínua afeta boa parte da população adulta e está ligada aos sintomas do olho seco. Nessa condição, os olhos permanecem vermelhos e inchados, apresentando ardência, coceira e lacrimejamento.

Esse tipo de conjuntivite ocorre o ano todo, sendo causado pela exposição aos ácaros e poeira. Seu tratamento é realizado com anti-histamínicos, prescritos por um médico, que devem ser usados por curto período, visto que agravam os sintomas dos olhos secos. O tratamento para a conjuntivite alérgica contínua deve ser prolongado e exige acompanhamento constante com o oftalmologista.

Hipersensibilidade alérgica de contato

A hipersensibilidade alérgica de contato não é considerada uma alergia, visto que é causada por microtraumatismos repetidos na córnea. As lentes de contato podem induzir esse tipo de alergia. Os sintomas incluem a vermelhidão, coceira e lacrimejamento, além do incômodo significativo no momento de colocar as lentes.

Conjuntivite papilar gigante

A conjuntivite papilar gigante é associada ao uso de lentes de contato, prótese ocular, ou suturas expostas. Seus sintomas envolvem a sensação de corpo estranho, coceira, lacrimejamento, vermelhidão, intolerância a lente de contato e presença de secreção. 

Nos casos associados ao uso de lentes de contato a alergia costuma envolver ambos os olhos, e acontece com cerca de 15% das pessoas que utilizam lentes de contato gelatinosas e 5% dos que utilizam lentes de contato rígida.

Blefarite 

A blefarite é uma inflamação nas pálpebras que afeta as bordas dos olhos e os cílios. Quando essa condição aparece uma vez e vai embora, é chamada blefarite aguda, visto que se tratava de um caso isolado. 

Contudo, quando a blefarite é resistente ao tratamento com medicamentos e não apresenta cura, é denominada blefarite crônica. A doença pode ser dividida em 3 tipos:

  • blefarite alérgica: quando partículas estranhas entram em contato com a pálpebra e causam inflamação na área, como substâncias químicas, ácaro e poeira;
  • blefarite infecciosa ou bacteriana: quando bactérias causam infecção nas glândulas localizadas ao longo da pálpebra;
  • blefarite seborreica: quando as glândulas sebáceas têm mau funcionamento por sua inflamação ou obstrução, causando a produção em excesso de gorduras e células da pele.

Além disso, a blefarite também pode ser classificada de acordo com as regiões afetadas. Anterior corresponde à borda frontal da pálpebra, onde os cílios e conectam. Já a posterior é a parte interior entrando em contato com o globo ocular. Por fim, a blefarite mista afeta as duas regiões.

Os sintomas da blefarite variam de acordo com seu tipo, e podem envolver coceira, lacrimejamento, vermelhidão, sensibilidade à luz, sensação de corpo estranho nos olhos e descamação das pálpebras, como caspas. Já em quadros graves, a pessoa pode apresentar úlceras superficiais ou feridas próximo da base dos cílios, crescimento irregular dos cílios, perda dos cílios, ardência e conjuntivite.

Como aliviar alergia nos olhos

Para aliviar a alergia nos olhos é importante descobrir qual o agente causador da alergia, dessa forma, o contato com a substância pode ser interrompido. Após essa identificação, os olhos devem ser lavados abundantemente com água ou soro fisiológico, garantindo assim a total remoção dos resíduos. Além disso, para aliviar uma alergia nos olhos e seus principais incômodos, como lacrimejamento e coceira nos olhos, você pode adotar alguns cuidados.

Evite os alérgenos

A melhor forma de controlar os sintomas de uma alergia nos olhos é fazer todo o possível para diminuir a exposição a alérgenos comuns aos quais se tem conhecimento sobre a sensibilidade, como poeira e pelos de animais. Quando estiver ao ar livre use óculos de sol para ajudar a proteger os olhos das substâncias que são causadoras de alergias.

Retire as lentes de contato

A superfície das lentes de contato pode atrair depósitos, principalmente de proteínas e alérgenos transportados pelo ar. Dessa forma, em casos em que o quadro de conjuntivite alérgica for intenso, é importante evitar o uso das lentes, preferindo os óculos de grau. 

Outra alternativa é utilizar lentes de contato diárias, que podem ser descartadas após um único uso. Isso evita o acúmulo de proteínas, alérgenos e outros resíduos que podem afetar os olhos. De maneira geral, se as alergias estiverem incomodando olhos, a melhor opção é parar o uso das lentes de contato e consultar um oftalmologista.

Faça compressas de água fria

As compressas de água fria são uma ótima solução para reduzir a sensação de ardência, coceira, queimação e irritação nos olhos. Para isso, é só molhar uma gaze limpa em água fria e aplicá-la sobre os olhos. Cada compressa deve ser usada apenas uma vez e os processos devem ser repetidos nos dois olhos. 

Limpe com soro fisiológico

Para limpar bem os olhos e diminuir os sintomas alérgicos, é importante usar soro fisiológico gelado. Para isso, utilize um copo para colocar a solução e aplique cuidadosamente nos olhos. 

Outra forma é usar um recipiente que permite que os olhos fiquem mergulhados na solução por algum tempo, para que seja possível fazer movimentos de abrir e fechar, piscando algumas vezes. 

Como é o tratamento da alergia nos olhos?

Pessoas que possuem alergia nos olhos devem buscar assistência médica com especialistas, de preferência devem realizar tratamento com um oftalmologista e alergologista. O tratamento pode ser realizado de diferentes maneiras, de acordo com cada quadro.

Medicamentos para alergia nos olhos

Como forma de melhor os sintomas da alergia nos olhos, é prescrito pelo oftalmologista o uso de colírios. Entre os mais utilizados estão: colírios lubrificantes (proporcionam alívio discreto na coceira ajudam a lavar os olhos) e os colírios anti-histamínicos (diminuem a liberação e a ação de uma substância chamada histamina, responsável pela coceira).

Além disso, são usados também colírios de dupla ação (mais usados atualmente, diminuem a coceira e interrompem o processo da alergia) e colírios de corticoides e cortisona (receitados em alergias mais graves, agindo de forma rápida e intensa sobre a alergia).

Infusões medicinais para alergia nos olhos

Esta consiste na administração de medicamentos intravenosos (pelas veias) ou subcutâneos (sob a pele) em pacientes, com o objetivo de tornar possível seu tratamento. A técnica tem se mostrado cada vez mais importante para a medicina atual. 

A infusão medicinal é uma das principais tendências para se tratar doenças de forma humanizada, minimizando os efeitos colaterais nocivos. Com o aumento da expectativa de vida da população, novas opções de tratamentos foram desenvolvidas com objetivo garantir qualidade, segurança e bem-estar ao paciente. 

Dessa forma, a infusão medicinal surgiu como uma alternativa com diferentes propósitos, auxiliando na administração de medicamentos, soros, nutrição e mesmo reposição volêmica.

A infusão consiste na aplicação direta de fluidos em uma veia do paciente, por meio de agulha ou de um cateter esterilizado. É comumente administrada em hospitais, em pacientes que devem receber grande quantidade de medicação ou que estejam doentes a ponto de não conseguirem ingerir o remédio via oral. 

Além disso, para situações em que a medicação não pode ser ingerida, a infusão medicinal é uma alternativa, visto que os ácidos estomacais podem destruir o remédio se ingerido pela via oral. Assim, a infusão é uma forma precisa de introduzir o remédio no organismo, possibilitando um tratamento eficaz e menos desgastante ao paciente.

Para casos como esses, a infusão medicinal é vista como a forma mais eficaz de administração de medicamentos, obtendo resultados ainda melhores no tratamento de diversas doenças.

Tipos de infusão medicinal

A infusão medicinal é uma prática medicamentosa bastante flexível que acompanha as necessidades individuais de cada paciente. Um dos fatores que caracterizam essa técnica é a otimização do tempo de administração na infusão. 

O médico responsável pelo tratamento indica a opção mais adequada, considerando o perfil do paciente, suas necessidades de tratamento e o quadro de saúde. A seguir, confira os tipos de infusão medicinal em relação ao tempo de administração da medicação:

  • Infusão em bolus: o remédio é aplicado diretamente na veia em um tempo menor, ou igual a um minuto.
  • Infusão rápida: a aplicação do medicamento pode variar entre um e trinta minutos.
  • Infusão lenta: nessa prática, a aplicação acontece em um intervalo entre trinta e sessenta minutos.
  • Infusão contínua: o medicamento corre em tempo superior a sessenta minutos, sem interrupções.
  • Infusão intermitente: aqui, o remédio é aplicado em período superior a sessenta minutos, apresentando interrupções.

O perigo da automedicação

Mesmo que algumas alergias os olhos sejam comuns, é muito importante consultar seu oftalmologista antes de tomar qualquer decisão que exija o uso de um colírio que não precise de receita médica. Apesar de existirem medicamentos que não precisam de prescrição para a compra, é arriscada a escolha de um sem conhecer o quadro clínico.

Naturalmente, no momento de prescrever tais tratamentos, o médico responsável também vai considerar as interações medicamentosas – condição que ocorre quando dois ou mais remédios são utilizados concomitantemente. 

Nesse tipo de situação, um medicamento pode gerar alteração na intensidade do efeito do outro, criando uma combinação que pode ser nociva ao tratamento do paciente, gerando efeitos adversos.

Essa é uma das justificativas que mostram o perigo da automedicação. Somente deve-se administrar – seja oralmente ou via infusão – medicamentos prescritos por um médico, que irá avaliar o perfil, as restrições, as necessidades e o tratamento mais adequado a cada indivíduo.

Como prevenir a alergia nos olhos

Ainda que em alguns casos não seja possível evitar, algumas formas de cuidado podem ajudam na prevenção da alergia nos olhos em certas ocasiões. A seguir, confira o que você pode fazer para isso:

  • mantenha a casa sempre limpa, impedindo a proliferação de alérgenos como poeira, pelos de animais, pólen e outros;
  • caso faça contato com os olhos, higienize antes às mãos de forma correta; 
  • utilize óculos de sol ao ar livre;
  • não use colírios indiscriminadamente e sem prescrição médica;
  • troque os travesseiros a cada dois anos e, se possível, escolha os modelos hipoalergênicos;
  • lave os travesseiros mensalmente;
  • lave cortinas e tapetes com frequência, visto que podem acumular grande quantidade de alérgenos;
  • caso a alergia nos olhos seja causada por substâncias contidas em alimentos, procure uma reorientação nutricional;
  • em situações que a alergia seja causada por maquiagens, é importante escolher marcas hipoalergênicas;
  • evite o uso de maquiagens vencidas;
  • pincéis e acessórios utilizados devem ser lavados com frequência (de preferência, a cada 15 dias e com produtos hipoalergênicos) e mantidos longe de locais onde possa acumular poeira;
  • evite o uso frequente de extensão de cílios;
  • evite o uso de pigmentação;
  • lave bem as mãos antes de manusear as lentes de contato.

Na leitura de hoje você pôde conhecer as causas da alergia nos olhos, além de aprender como identificá-las e o que fazer em seguida. Lembre-se de colocar os cuidados para evitar as alergias em prática e, sempre que perceber algum dos sintomas, busque orientação médica de um especialista como oftalmologista ou alergologista.

Quer tirar dúvidas sobre seus quadros alérgicos? Então, agende agora uma consulta com a equipe de alergologistas na Clínica Croce!