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Bronquite viral: você já ouviu falar dessa doença?

Bronquite Viral

A bronquite viral é um processo inflamatório dos brônquios causada por vírus, estruturas que levam o ar para os pulmões, e tem entre seus sintomas principais a tosse com produção de muco e falta de ar.

Esse processo inflamatório se apresenta de duas formas: agudo, quando a bronquite viral é acompanhada de outras condições como gripes ou outros problemas respiratórios, e a crônica, com crises repetidas que insistem em voltar. 

Em ambos os casos, a bronquite viral requer atenção médica. Por isso, no artigo de hoje, vamos conhecer um pouco mais sobre essa doença, seus sintomas e formas de tratamento. Acompanhe a leitura para conferir!

O que é bronquite viral?

A bronquite viral consiste na inflamação dos brônquios, pequenos tubos responsáveis por levar oxigênio até os pulmões. Como vimos, essa inflamação pode ocorrer de forma aguda, em crises que podem permanecer por algumas semanas, e crônica, acompanhando o indivíduo por toda a vida. 

Pode ser causada por uma variedade de vírus comuns, como vírus influenza, e mesmo após curada a infecção viral a irritação causada pela bronquite pode continuar produzindo os sintomas por dias. A bronquite ainda pode ser bacteriana, ocorrendo após uma infecção viral do trata respiratório. 

Bronquite viral aguda e crônica

A versão aguda da bronquite viral atinge especialmente as crianças e idosos, indivíduos mais susceptíveis ao ataque de vírus. Em algumas situações, seu aparecimento pode ser consequência de uma gripe. 

Também fazem parte desse grupo de risco as pessoas alérgicas ao entrarem em contato com substâncias irritantes, como pólen, ácaros, fumaça, poeira doméstica, poluição atmosférica, ácidos e solventes, que podem inflamar a traqueia e brônquios causando sintomas semelhantes à bronquite viral aguda.

Já no quadro crônico da bronquite, estão as pessoas portadoras de asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), enfermidade fortemente associada ao cigarro. 

A bronquite aguda também é conhecida como resfriado torácico e geralmente melhora entre 1 semana e 10 dias, com sintomas muito parecidos com um resfriado comum seguido por tosse, detalhe que auxilia no diagnóstico médico. A maior parte de seus tratamentos é realizada com medicamentos para reduzir a tosse e febre, permitindo maior conforto ao paciente até que o episódio possa terminar, sendo raros os casos em que antibióticos são necessários.

Ainda que dure um período curto, é possível classificar uma bronquite viral de até 90 dias como aguda. Isso porque, a bronquite crônica, é aquela com duração superior, em que os episódios desaparecem e reaparecem ao longo da vida do indivíduo.

Seja aguda ou crônica, o problema aparece quando os brônquios se inflamam, causando inchaço e contração além do aumento da produção de muco na tentativa de limpar a área da via aérea. Tudo isso dificulta o transporte de oxigênio até os pulmões. Os cílios, minúsculos pêlos que são responsáveis por varrer a secreção para fora, também passam a não desempenhar direito sua função, resultando na diminuição da passagem de ar no indivíduo.

Causas da bronquite viral

A bronquite viral pode ser causada por uma variedade de vírus comuns. Quando acompanhada por outra infecção viral respiratória, afeta nariz, garganta e se espalha pelos pulmões. Em alguns casos, pode ocorrer a infecção bacteriana secundária em vias respiratórias, ou seja, além do vírus, o indivíduo também sofre com a infecção por uma bactéria.

Sintomas

Começando geralmente com os sintomas similares a um resfriado comum, a bronquite viral apresenta corrimento nasal, dor na garganta, calafrios, fadiga, dores musculares, principalmente nas costas, febre leve e tosse que se inicia seca e apresenta em seguida a expectoração de pequenas quantidades de muco branco.

Esse muco muitas vezes pode ter sua coloração alterada de branco para verde ou amarelo. Ao contrário do que muitos imaginam, a mudança de cor não significa que há infecção bacteriana, mas sim que as células associadas à inflamação moveram-se para as vias aéreas e estão alterando essa coloração.

Em casos graves, a febre pode ser ainda mais elevada, atingindo entre 38º e 39ºC, e pode persistir de 3 a 5 dias. A tosse é o último sintoma a desaparecer e, com certa frequência, acaba levando de 3 a 4 semanas para desaparecer. Na bronquite viral, o vírus pode causar lesões nas células epiteliais que revestem os brônquios, por isso, o organismo precisa de certo tempo para repará-las. 

É comum também em casos graves a hiperreatividade das vias aéreas, ou seja, o estreitamento de curto prazo que torna deficiente a quantidade de ar que flui para os pulmões, limitando-os. Esse fluxo de ar insuficiente pode ser desencadeado por exposições comuns, como a inalação de ar frio ou agentes irritantes leves, como perfumes, fumaça e fortes odores. 

Caso a deficiência do fluxo de ar seja grave, a pessoa pode sentir falta de ar e apresentar sibilos, especialmente após tossir. Em pacientes idosos, a bronquite pode causar confusão e respiração rápida, ainda que seja incomum. As complicações sérias costumam ocorrer em pessoas mais velhas e que apresentam problemas com o sistema imunológico, como baixa imunidade.

Diagnóstico da bronquite viral

A bronquite viral geralmente é diagnosticada com base nos sintomas e sinais apresentados durante exame físico, associados com radiografia torácica e amostras colhidas da garganta ou nariz, a fim de detectar o vírus presente. Contudo, o escarro geralmente é analisado somente quando médicos encontram evidências de pneumonia, seja na radiografia ou durante o exame. 

Tratamento

É comum que adultos façam o uso de aspirina, ibuprofeno e acetaminofeno para o alívio da febre e melhora da sensação corporal, buscando o aumento do bem-estar. No entanto, para crianças, a aspirina deve ser evitada, pois, podem apresentar aumento para o risco da Síndrome de Reye, desencadeando inchaço cerebral e perda da função hepática.

Em todos os casos, os que sofrem de bronquite devem aumentar a ingestão de água, evitando o uso de medicamentos que não sejam indicados por um médico. 

Os antibióticos são prescritos em infecções causadas por bactérias, e não funcionam para a bronquite viral. Seu tratamento deve ser realizado sob indicação médica com o uso de antiviral como oseltamivir ou zanamivir, que podem ajudar a acelerar a recuperação se administrado em até 48 horas após o início dos sintomas.

Em crianças, os sintomas de passagem de ar limitado podem ser aliviados com vaporizadores, e umidificadores de vapor frio, quando ainda forem leves. Contudo, para crianças e adultos que apresentam fluxo de ar deficiente e sibilos, os broncodilatadores inaláveis, que auxiliam na dilatação dos brônquios, são utilizados para expandir as vias aéreas, reduzindo a produção de sibilos.

Para o incômodo provocado pela tosse seca, que muitas vezes pode afetar o sono, medicamentos também podem ser prescritos. Contudo, o grau de eficácia dos remédios não está claro. Além disso, as tosses que produzem grande quantidade de muco não devem ser suprimidas. Os medicamentos expectorantes podem ajudar a melhorar, fluidificando as secreções e facilitando a expectoração.

Possíveis complicações 

A bronquite viral aguda e a bronquite crônica podem evoluir para complicações como a pneumonia. Se o paciente sofre com o quadro crônico, as chances de apresentar infecções respiratórias recorrentes são aumentadas. Além disso, em ambos os casos o paciente pode desenvolver:

  • enfisema;
  • crises de chiado respiratório;
  • doença pulmonar obstrutiva crônica;
  • hipertensão pulmonar;
  • insuficiência cardíaca.

Bronquite viral e a cura

Uma dúvida comum entre os que sofrem de bronquite viral é se há uma possível cura para a condição. Em casos de bronquite aguda, os sintomas costumam desaparecer de 7 a 10 dias. Entretanto, a tosse seca pode se arrastar por muitos meses. Para casos de bronquite crônica, a recuperação em casos avançados é muito baixa, por isso, a detecção e o tratamento precoce, combinados com a interrupção de hábitos nocivos, como fumar, podem melhorar de forma significativa as condições do indivíduo, ainda que não exista cura.

Convivendo com a bronquite

Para casos em que não há cura, como a bronquite crônica, o paciente deve adotar algumas medidas para melhorar a qualidade de vida, aprendendo a conviver com esse distúrbio. Algumas medidas que podem trazer alívio para o portador de bronquite crônica, são:

  • abandonar o vício do cigarro, ou qualquer outra substância;
  • beber bastante líquido, principalmente durante as crises;
  • ter um bom descanso;
  • realizar tratamento para alergias;
  • usar umidificador ou vaporizador, em especial, em épocas com baixa umidade do ar;
  • fazer uso de medicamentos corretamente conforme prescrição médica;
  • manter boa alimentação;
  • manter imunidade alta.

Você pôde conhecer um pouco mais sobre a bronquite viral, seus sintomas e formas de tratá-la. Caso associe os sintomas acima, procure atendimento médico para garantir um bom tratamento e prognóstico da doença.
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