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Toda coceira de pele é alergia? Saiba como identificar

coceira de pele

Classificada como maior órgão do corpo humano, a pele passa por processos alérgicos com certa frequência. Afinal, a coceira de pele pode surgir por diferentes motivos, desde picadas de inseto até por problemas emocionais, como ansiedade e estresse. 

Além da coceira de pele, podem estar presentes outros sinais e sintomas, como manchas avermelhadas, placas e outros. A seguir, conheça as principais causas de coceira de pele e entenda que nem sempre ela está relacionada às alergias!

Causas da coceira de pele

A coceira de pele surge quando uma reação estimula as terminações nervosas. Isso pode ocorrer por diferentes motivos, como alergias, irritação, ressecamento, picadas de insetos e mais.

No entanto, a coceira de pele contínua pode estar relacionada a doenças, como as dermatológicas, infecciosas, metabólicas e até mesmo psicológicas

Conforme a causa da coceira de pele, ela pode iniciar sozinha ou estar acompanhada de outros sinais e sintomas, como vermelhidão no local, caroços, manchas, bolhas e feridas.

Tais sintomas podem ser causados por doenças ou mesmo pelo ato frequente de coçar. Para tratá-la, não basta aliviar os sintomas com medicamentos, é fundamental descobrir quais são os motivos envolvidos. Conheça a seguir, as principais causas da coceira de pele.

Reações alérgicas com coceira de pele

Alergia é uma reação exagerada do organismo a algumas substâncias presentes no ambiente. As pessoas alérgicas, principalmente as que têm asma, rinite e dermatite atópica, possuem uma condição genética que determina que reajam de forma exagerada a determinados estímulos, causando os sintomas. As reações mais comuns incluem:

  • Calor ou suor excessivo; 
  • Picada de inseto; 
  • Tecidos, cosméticos — como sabonetes, cremes e xampus — ou produtos de limpeza; 
  • Pelos de animais ou plantas;
  • Alimentos; 
  • Medicamentos; 
  • Poeira ou ácaros de roupas, livros e estofados.

Alergias alimentares

É comum que se entenda a alergia a determinados alimentos e a intolerância alimentar como sinônimos. No entanto, tratam-se de duas condições diferentes. Basicamente, o que difere a alergia alimentar da intolerância é que, no primeiro caso, trata-se de uma reação imunológica mediada por IgE, que ocorre geralmente após a ingestão imediata do alimento. 

Já a intolerância, pode ser medida pelo IgG (embora haja outros fatores causadores) e seus sintomas podem demorar até alguns dias para aparecerem. Desse modo, a reação do organismo às duas condições é diferente. 

Na intolerância alimentar, registra-se dificuldade na digestão, o que acarreta diversos sintomas gastrointestinais, por exemplo. Na alergia alimentar, nosso sistema apresenta uma resposta imunológica ao consumo do alimento, levando o organismo a criar anticorpos — agindo assim, como se o alimento fosse um agente agressor.

Por isso, na alergia, os sintomas e as reações tendem a ser mais céleres do que no caso da intolerância alimentar e também mais graves, podendo, inclusive, apresentar risco de morte — diferentemente da intolerância. De fato, para o portador de alergia a alimentos, tocar, inalar ou ingerir mesmo uma quantidade microscópica de uma substância alérgena pode ser fatal.

Alergias a insetos

Existem vários tipos de alergia a insetos, visto que são muitas as pessoas sensíveis às picadas. Dessa forma, a alergia a insetos é dividida em duas classes: as de causa imunológica, ou seja, que realmente são reações alérgicas, e as reações não-imunológicas.

Quando a alergia é apresentada por uma criança, é possível que ela desenvolva uma resposta à saliva do inseto, apresentando vermelhidão, bolhas de água e coceira. O principal problema é que essa reação pode causar escoriações na pele, devido à coceira.

Além disso, algumas crianças podem apresentar náuseas, vômito, diarreia, confusão mental e até mesmo perda de consciência. Os insetos mais envolvidos em casos de alergia são abelhas, vespas, formigas e pernilongos.

O tratamento das reações locais é baseado no alívio dos sintomas, com aplicação de medicamentos antialérgicos. No entanto, outra forma de evitar a alergia a insetos é por meio de infusões medicinais específicas altamente eficazes.

Alergias a pelos de animais

Visto que grande parte da população possui animais de estimação, a alergia a pelos de animais é um dos tipos de alergia que também se tornou comum no Brasil. Segundo especialistas, o pelo pode causar reações alérgicas, mas a alergia se dá por meio de uma proteína expelida do animal. 

A substância está presente na saliva, urina e em partículas que não podem ser vistas a olho nu. Os sintomas da alergia a pelos de animais incluem tosse, coceira, espirro, olhos vermelhos e agravamento da asma, quando existe a doença.

O tratamento envolve corticoides, anti-histamínicos e outros medicamentos para diminuir o quadro alérgico. Além disso, outras condutas devem ser realizadas, como o distanciamento do pet.

Alergias a medicamentos

De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, 12% dos brasileiros já apresentaram algum dos tipos de alergia a medicamentos, sendo que em 90% das manifestações estão sintomas como coceira, erupções cutâneas, urticárias, angioedema e inchaço dos lábios.

É possível que a pessoa seja alérgica a um medicamento específico ou mesmo a toda sua classe, visto que a estrutura química dos remédios de um mesmo grupo é similar, e pode gerar a chamada reação cruzada. Os principais medicamentos desencadeadores das alergias medicamentosas, são:

  • Analgésicos e anti-inflamatórios, como aspirina, dipirona, paracetamol, diclofenaco;
  • Antibióticos, como a penicilina, sulfa, quinolona, eritromicina, azitromicina;
  • Contrastes radiológicos, como o contraste iodado utilizado em tomografias;
  • Quimioterápicos, ou seja, medicamentos utilizados no tratamento do câncer.

Para o tratamento das alergias causadas por medicamentos, o mais indicado é a suspensão da utilização daquele remédio. Contudo, uma avaliação médica com um alergologista deve ser realizada.

Falta de hidratação e coceira de pele

Um momento comum para ocorrer a coceira de pele é logo após um banho quente. Além do incômodo, a região, um tanto ressecada, aparenta placas vermelhas. Esse problema acontece devido à falta de hidratação da pele.

Esse ressecamento pode acontecer quando se usa sabonete em excesso, retirando a camada de proteção, por condição natural da pele, ou por uma doença de pele que resulta no ressecamento, como hipotireoidismo e psoríase

Escabiose

A escabiose é conhecida popularmente como sarna. Essa doença, causada por um ácaro chamado Sarcoptes scabiei, também é responsável pela coceira de pele. A transmissão da escabiose humana acontece pelo contato com pessoas que já têm a doença, assim como pelo compartilhamento de roupas, toalhas e lençóis infectados. 

O contágio pode demorar de 1 a 42 dias para se manifestar. Contudo, o ácaro gasta menos de 3 minutos para perfurar e penetrar a pele. A doença costuma ser mais frequente em crianças e adolescentes, além de pessoas com higiene pessoal e domiciliar precária, e pode ser mais comum em ambientes aglomerados como creches, escolas e hospitais.

Além da coceira de pele, aparecem pequenas pápulas da cor da pele ou acinzentadas com crostas. Muitas vezes, a pessoa causa escoriações ao coçar. Os locais mais comuns em que ocorre a coceira de pele na escabiose é entre os dedos, axilas, dobras dos braços, atrás dos joelhos, orelhas, cintura, nádegas, genitais, pescoço, pés e embaixo das mamas 

Urticária

A urticária é de uma irritação da pele manifestada a partir de lesões avermelhadas e levemente inchadas — parecidas com as que surgem pelo contato com a urtiga, daí sua denominação. Essas lesões costumam ocasionar coceiras que podem ser bastante intensas, o que, sem o tratamento adequado, tende a prejudicar bastante a qualidade de vida e a rotina do paciente.

A condição apresenta diferentes origens e níveis de intensidade. Por exemplo, ela pode se manifestar a partir do consumo de um determinado alimento que provoque reação adversa, do contato com temperaturas baixas ou até mesmo não ter uma causa detectada. 

Na urticária, acontece produção excessiva de diversas substâncias químicas por células chamadas mastócitos — sendo a histamina uma das principais. Essas agem nos vasos sanguíneos e na pele. A histamina, em especial, ocasiona dilatação dos vasos sanguíneos com consequente vermelhidão e inchaço cutâneo, levando às lesões características do quadro. 

Urticária aguda

É considerada aguda a doença naqueles casos em que os sintomas desaparecem em menos de seis semanas. Esse é o tipo de urticária de mais fácil diagnóstico, comumente estimulada pelo consumo de determinado alimento ou remédio.

Ela caracteriza-se por um único episódio transitório e autolimitado, que não deixa marcas ou cicatrizes, mas pode ressurgir em outras áreas do corpo do paciente. O problema também pode ser estimulado por doenças sistêmicas — como lúpus.

Urticária crônica

A afecção nesse caso persiste por mais de seis semanas, podendo permanecer ativa por meses ou anos. Seus sintomas afetam tanto a rotina do paciente que, conforme estudo, impactam na qualidade de vida de modo equivalente à insuficiência cardíaca grau 3. Ela é subdividida em dois tipos.

Urticária crônica induzida

Ocorre quando os sinais são desencadeados por algum agente externo, que pode ser, por exemplo: frio, calor, pressão por roupas justas ou com elásticos, vibrações, sol, água, exercícios físicos, entre outros. 

Urticária crônica espontânea/idiopática

Ela se dá sem que se identifique um fator desencadeante, mesmo com investigação clínica completa, o que acaba por dificultar o diagnóstico e o tratamento. Essa forma da doença acomete mais mulheres do que homens. 

Angioedema

A urticária como angioedema envolve inchaço, contudo o inchaço é sob a pele, e não em sua superfície. Ele pode, ainda, afetar o rosto, os lábios, a garganta, a língua e as vias respiratórias. Se o inchaço afetar a respiração, pode colocar a vida do paciente em risco. 

Cabe salientar que alguns pacientes podem apresentar mais de um tipo de urticária. Por exemplo, podem manifestar urticária crônica espontânea associada à urticária induzida. O mais comum dos sintomas de urticária é a coceira de pele, também chamada de prurido, mas as lesões podem provocar a sensação de ardor ou queimação. 

A coceira de pele causada por essa condição costuma ser bastante intensa e atrapalhar a rotina dos pacientes em seu trabalho, além da qualidade de seu sono, já que a coceira se intensifica à noite, momento em que o corpo está relaxado. 

Os sintomas podem se manifestar a qualquer momento e, dependendo do seu grau, durar horas, dias ou até meses. Além disso, pode ocorrer inchaço rápido, intenso ou localizado, que atinge normalmente pálpebras, lábios, língua e garganta. Esse inchaço é a angioedema, que vimos anteriormente.

Pode haver, ainda, uma complicação bastante grave, conhecida como anafilaxia, a qual causa náuseas, vômitos, queda da pressão arterial e edema de glote com dificuldade para respirar. Nessas situações, um atendimento de emergência é recomendado. 

Dermatite atópica

Comumente chamada de eczema atópico, a dermatite atópica é um processo inflamatório, crônico, não contagioso, que pode estar associado a outras doenças — tais como asma, bronquite ou rinite alérgica — porém, com manifestação clínica variável. Trata-se de uma condição caracteristicamente com períodos de remissões e exacerbações.

Esse tipo de dermatite, que, conforme dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), acomete 7% da população adulta e 25% das crianças do país, é causada, entre outros fatores, pela ausência de barreira de proteção da pele, o que provoca uma perda de água frequente. 

Comumente, refere-se a um quadro inflamatório que vai e vem, podendo haver intervalos de meses ou anos, entre uma crise e outra. A dermatite atópica geralmente começa antes dos cinco anos e pode persistir na adolescência e na idade adulta. Essa condição apresenta três fases clínicas, a saber:

  1. Dermatite atópica aguda: aqui, as lesões são avermelhadas e edematosas. Podem-se apresentar erupções vesiculares (bolhas);
  2. Dermatite atópica subaguda: placas secas, escamosas e eritematosas podem se manifestar na pele;
  3. Dermatite atópica crônica: nessa fase, a coceira de pele intensa pode levar a lesões cutâneas que parecem secas e rígidas. Estima-se que metade dos pacientes desse estágio sofram com depressão ou ansiedade.

O processo inflamatório apresenta sintomas característicos, que vão além da coceira de pele. Outras condições presentes são:

  • Xerose (pele ressecada);
  • Lesões avermelhadas na pele;
  • Prurido (coceira) intenso — principalmente à noite;
  • Pele rachada e escamosa;
  • Bolhas e inchaço na pele;
  • Infecções na pele;
  • Feridas abertas, com crostas — geralmente durante as crises;
  • Pode haver alteração na textura, ficando grossa, escura e com cicatrizes — quando se coça a pele.

Os sinais costumam se manifestar no rosto e couro cabeludo de crianças pequenas e no joelho e cotovelo dos adultos, mas podem surgir também em outras áreas, incluindo mãos, pés, tornozelos, pulsos, pescoço, parte superior do peito, pálpebras, entre outras.

A importância de buscar atendimento com um alergologista

coceira de pele

Nosso sistema imunológico é capaz de se defender contra diversos invasores, como os vírus e as bactérias. Entretanto, esse processo pode ser considerado agressivo, resultando em uma hiperreatividade a substâncias que não são tão perigosas, como o pólen e a poeira, por exemplo. Quem demonstra esse tipo de sensibilidade deve se preocupar em marcar uma consulta com o alergologista.

Há não muito tempo, era comum que os indivíduos que sofriam com doenças alérgicas procurassem profissionais da área da dermatologia, pneumologia ou otorrinolaringologia, buscando um diagnóstico e o tratamento para o seu problema. Embora esses médicos identificassem as patologias, não tinham a especialização necessária para prescrever a melhor forma de tratar as alergias.

Uma vez encaminhado ao alergologista, o paciente passa por uma minuciosa avaliação, que inclui exame físico, testes de alergia, exames de sangue, cutâneos e de contato e anamnese. Esse cuidado é fundamental para elaborar o diagnóstico e estabelecer qual será o plano de tratamento, medicação e ações de controle ambiental necessárias para dar mais autonomia ao indivíduo.

Vale ressaltar que o alergologista atende todos os grupos etários, dos bebês aos idosos, já que essas patologias podem começar em qualquer idade.

Embora esse tipo de enfermidade não siga um padrão universal, existem alguns fatores e uma certa prevalência em diferentes faixas etárias. Diferentes doenças alérgicas podem ocorrer logo na primeira infância, como a reação em decorrência do uso de um medicamento, ou à picada de insetos, ou, ainda, com a ingestão do leite. Já a rinite alérgica costuma se manifestar com maior frequência logo na infância ou na adolescência.

Independentemente da idade, existem alguns indicativos da necessidade de agendar uma consulta com o alergologista. Os sintomas devem servir como alerta, e incluem: coceira na pele, vômito e diarreia, espirros constantes, coriza, falta de ar e sibilância, bolsas debaixo dos olhos, olheiras ou vermelhidão.

Clínica Croce 

Na Clínica Croce, contamos com um corpo médico que contempla especialistas de diversas áreas, incluindo a alergologia e imunologia. A clínica é uma das mais conceituadas do país e disponibiliza alergologistas com ampla experiência e prontos para fornecerem o atendimento qualificado e humanizado que o paciente necessita.

A clínica conta com estrutura, equipamentos e metodologias modernas para dar o suporte necessário. O corpo clínico da Croce está preparado para prestar atendimento qualificado e especializado, por meio de exames, testes, consultas, diagnósticos e encaminhamento de tratamentos diversos, trazendo muito mais conforto para os seus pacientes.

Agora que você já sabe mais a respeito da coceira de pele, que tal agendar uma consulta para verificar e tratar a origem deste sintoma? Inicie agora mesmo seu atendimento e teremos o maior prazer em ajudar.