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Quais os riscos de desenvolver diabetes na infância?

diabetes na infância

De acordo com dados da Federação Internacional de Diabetes, o diabetes é uma doença crônica que atinge 382 milhões de pessoas em todo o mundo. O Ministério da Saúde aponta que os casos de diabetes na infância têm uma parte significativa neste valor, visto que cada vez mais o diagnóstico tem se tornado presente.

Por este motivo, é importante entender como a doença se faz presente na vida das crianças, formas de identificá-la, tratá-la e preveni-la. Afinal, para que o diagnóstico da diabetes na infância seja realizado, pais e responsáveis devem estar atentos em relação à saúde e bem-estar. Acompanhe a seguir, tudo o que você precisa saber sobre a diabetes ainda no período da infância.

O que é diabetes na infância?

A diabetes é uma doença crônica, que acontece quando o pâncreas não consegue produzir insulina de forma eficaz, ou quando o organismo não utiliza essa insulina da maneira correta, aumentando as quantidades de glicose no sangue.

O valor normal da glicose em jejum no sangue é de até 99mg/dL. Dessa forma, valores superiores a este podem indicar a presença de diabetes na infância. A doença se manifesta de duas formas. 

Uma delas é o diabetes tipo 1, mais comum na infância e adolescência. Normalmente, este tipo é causado por uma reação auto-imune, que leva a pouca ou nenhuma produção de insulina pelo pâncreas.

Já o diabetes tipo 2, ocorre quando o organismo não utiliza a insulina de maneira correta. Assim, não consegue manter os níveis de glicose dentro da normalidade. Este Tipo representa cerca de 90 a 95% dos casos de diabetes, sendo mais comum em adultos e principalmente em pessoas acima do peso. 

Antigamente, os casos de diabetes na infância eram comumente identificados como o tipo 1. Contudo, com o aumento da obesidade infantil no mundo nas últimas décadas, os casos de diabetes tipo 2 em crianças passaram a crescer também.

Como a diabetes acontece?

Ao ingerir um alimento ou líquido, os sucos gástricos fazem a desintegração dos alimentos em minúsculas partes de açúcar simples, chamado glicose. Este é a principal fonte de energia do corpo. 

A partir dessa quebra, a glicose passa para a corrente sanguínea, onde a insulina ajuda as células a utilizá-la, obtendo energia para crescer. A insulina é produzida pelo pâncreas. Em pessoas saudáveis, este órgão naturalmente produz a quantidade necessária para transferir a glicose do sangue para as células.

Contudo, em pessoas com diabetes tipo 1, o pâncreas não é capaz de produzir insulina. Na diabetes tipo 2, o pâncreas consegue realizar a produção, no entanto, as células não conseguem absorver a substância.

Assim, o organismo de pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2 acaba sofrendo o acúmulo de glicose no sangue, eliminando a substância pela urina, sem utilizá-la nas células da forma adequada.

Quais as causas?

O Diabetes na infância ocorre da mesma forma que em adultos. O diabetes tipo 1 surge quando o organismo não pode produzir insulina. Ainda não se sabe ao certo por que isso ocorre com o pâncreas. 

Se sabe que existem casos em que algumas pessoas nascem com genes que levam à predisposição da doença. Entretanto, outros indivíduos com os mesmos genes não desenvolvem diabetes. O desencadeante responsável pode ser algo próprio do organismo ou mesmo uma causa externa, como perda emocional ou uma infecção por algum tipo de vírus.

Já a diabetes tipo 2 é causada pela insuficiência de insulina produzida pelo pâncreas e pela incapacidade das células reconhecerem a ação da insulina, impedindo a absorção da glicose, e as principais causas estão relacionadas ao sedentarismo, péssimos hábitos de alimentação e obesidade. Motivos que contribuem para o aumento da diabetes na infância e também para outras doenças.

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Quais os sintomas da diabetes na infância?

É importante que os pais e responsáveis fiquem atentos aos sintomas da diabetes na infância desde cedo, e que busquem um endocrinologista sempre que julgarem necessário. De acordo com a Associação de Diabetes Juvenil, as crianças e adolescentes com diabetes do tipo 1 sentem muita sede e muita fome. 

Além disso, é comum que passem a urinar com mais frequência, e que aconteça a perda de peso sem motivo. A criança se torna mais fraca e sonolenta, sem estímulo ou qualquer vontade para praticar atividades que antes eram de seu interesse.

Visto que o diabetes tipo 2 é mais comum em crianças que não se alimentam de forma saudável e estão acima do peso, nesse caso, as crianças também terão mais sede e vão urinar com mais frequência. Da mesma forma, apresentam cansaço, desânimo e a boca seca. Outros sintomas que podem estar presentes na diabetes na infância, são:

  •  Irritabilidade;
  • Aumento inesperado do apetite;
  • Hálito adocicado, com cheiro de fruta ou semelhante a vinhos.

Complicações da diabetes na infância

Uma das complicações mais comum em crianças com diabetes tipo 1 é a cetoacidose diabética, e pode ocorrer pela falta da aplicação da insulina, assim como circunstâncias sociais complicadas, depressão ou perturbações psiquiátricas. Os problemas psicossociais são comuns na diabetes na infância. 

Quase metade das crianças acaba desenvolvendo depressão, ansiedade ou outros problemas psicológicos. Distúrbios na alimentação são considerados problemas graves em adolescentes, visto que às vezes também pulam as doses da insulina como forma de controlar o peso. 

Os problemas psicossociais podem resultar no controle glicêmico inadequado, afetando assim a capacidade da criança aderir aos tratamentos dietéticos e/ou farmacológicos. Por isso, além do endocrinologista, o tratamento muitas vezes precisa ser realizado com assistentes sociais e profissionais de saúde mental, ajudando a identificar e aliviar as causas psicossociais do controle glicêmico inadequado.

A diabetes na infância apresenta de forma rara as complicações vasculares. Contudo, alterações e anormalidades funcionais precoces podem estar presentes alguns anos depois do início da diabetes tipo 1. 

As complicações incluem nefropatia diabética, retinopatia e neuropatia, e são mais comuns em crianças com diabetes tipo 2 do que as do tipo 1. No tipo 2, podem estar presentes no diagnóstico ou início do curso da doença. Outras complicações que podem estar presentes são a doença coronariana, doença vascular periférica e acidente vascular encefálico.

Como é o diagnóstico?

O diagnóstico da diabetes na infância pode ser realizado a partir da verificação de resultados de exames laboratoriais em jejum, que têm como objetivo avaliar a quantidade de glicose circulante no sangue:

  • Dextro: teste feito com uma picada no dedo, não é tão doloroso e assustador. Valor normal até 200 mg/dL a qualquer hora do dia;
  • Exame de sangue da glicose com jejum de 8 horas: é o mais comum entre crianças e adultos. Valor normal até 99 mg/dL;
  • Teste de tolerância à glicose. Valor normal até 140 mg/dL 2 horas após o exame e 199 mg/dL até 4 horas;
  • Hemoglobina glicada. Valor normal até 5,7%.

Prevenção e controle

As atividades físicas são fundamentais para controlar a diabetes na infância, assim como impedir que outros órgãos sofram complicações em decorrência da doença. Além disso, o controle da glicemia deve ser feito diariamente com o consumo de açúcar controlado. 

Uma dieta balanceada, incluindo alimentos naturais, também deve ser introduzida na rotina da criança, contribuindo para o controle dos níveis e prevenção da diabetes.

O aumento de casos de tipo 2 em crianças e adolescentes é observado atualmente como um fenômeno mundial da vida moderna. Esse fato é associado ao sobrepeso e sedentarismo, pelas facilidades relacionadas aos eletrônicos para atividades de lazer, como jogos de computador, além da elevação de oferta de alimentos industrializados, ultraprocessados e com baixo fator nutricional. Por esse motivo, controlar o desenvolvimento da obesidade é uma importante forma de prevenir a doença. 

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Como tratar o diabetes na infância

O tratamento da diabetes na infância não difere muito da em adultos. No caso do diabetes tipo 1, é necessário injetar doses diárias de insulina, de acordo com a orientação do endocrinologista pediátrico. Atualmente, seringas, canetas e bombas de insulina já existem para facilitar o manuseio.

Na diabetes tipo 2 o controle é feito por meio de medicamentos que diminuem as taxas de glicose no sangue. Dessa forma, é possível manter o funcionamento do pâncreas normalizado. Em casos graves, a criança pode precisar de insulina neste tipo, assim como na diabetes tipo 1. 

Contudo, no tratamento da diabetes na infância, as crianças merecem atenção especial, com trabalho psicológico em paralelo. Isso porque a criança deve entender o que está acontecendo com seu corpo, e conhecer as decisões que estão sendo tomadas para sua saúde. 

Em alguns casos, é realizada a integração com outras crianças da mesma idade que tenham a doença. Para evitar maiores problemas, os pais e responsáveis devem evitar a superproteção, pois isso influencia no estado emocional da criança e, consequentemente, no processo de aceitação do diabetes. 

Para que a criança entenda que essa condição exige algumas medidas importantes no dia a dia, ela deverá passar pelo processo de educação. Afinal, os adultos responsáveis devem manter a doença sob controle, ensinando a criança a cuidar desse aspecto.

 Além do controle nutricional e prática de exercícios físicos regulares, o acompanhamento médico especializado é fundamental para manter a saúde e autoestima da criança. Após a idade infantil, os cuidados devem continuar durante o período da adolescência. 

O ideal é que o paciente tenha um acompanhamento simultâneo entre os 15 e 19 anos com um endocrinologista pediátrico e um adulto, migrando para o especialista quando completar a idade adulta. 

Por fim, a criança, assim como pais e responsáveis, deve entender que a diabetes na infância não a impede de ter uma vida normal. No entanto, é preciso ter alguns cuidados básicos diariamente, evitando pioras ou complicações causadas pelo tratamento inapropriado.

A importância da endocrinologia pediátrica

A endocrinologia pediátrica é um campo de atuação da pediatria voltado para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento das alterações hormonais no indivíduo desde seu nascimento até o fim da adolescência. 

Durante o período de crescimento, a criança apresenta alterações na produção hormonal que podem resultar no prejuízo de seu desenvolvimento metabólico do organismo. Por isso, o acompanhamento com um endocrinologista pediátrico é fundamental para garantir a saúde e bem-estar de crianças e adolescentes. 

Os distúrbios endocrinológicos acometem pessoas de todas as idades. O que diferencia as alterações é a relação de crescimento e puberdade, visto que as doenças presentes em adultos diferem das que acometem crianças e adolescentes por este motivo. Além disso, o tratamento, a análise de exames e dosagens são diferentes.

Além de atuar no diagnóstico e tratamento de distúrbios do crescimento, o endocrinologista pediátrico é responsável por descobrir e tratar outras disfunções hormonais se podem se instalar desde o período neonatal até o final da adolescência, motivo que requer interação de conhecimentos pediátricos e de endocrinologia.

Essas alterações determinam a repercussão sobre não só o crescimento, mas também o desenvolvimento e metabolismo do organismo em fase de maturação, e devem ser considerados os aspectos peculiares de cada uma das fases do desenvolvimento. 

Quando procurar um endocrinologista para seu filho

Além de procurar um endocrinologista para saber se a criança apresenta sinais ou sintomas que sejam relacionados ao diabetes na infância, outras condições nas quais deve-se buscar a avaliação deste especialista, são:

  • Criança ou adolescente com baixa estatura;
  • Criança ou adolescente com alta estatura, com crescimento anormal acelerado;
  • Crianças com desenvolvimento puberal precoce;
  • Adolescente com desenvolvimento puberal tardio, sem sinais até 13 anos em meninas e 14 anos em meninos;
  • Criança ou adolescente com diabetes;
  • Criança ou adolescente com obesidade;
  • Criança ou adolescente com dislipidemia;
  • Criança ou adolescente com bócio, nódulo ou alteração de funções da tireoide;
  • Criança ou adolescente com tumor cerebral com localização hipotalâmico hipofisária;
  • Criança ou adolescente com raquitismo;
  • Criança ou adolescente com dores ou fraturas ósseas sem motivos aparentes;
  • Adolescentes com distúrbios menstruais ou excesso de pelos;
  • Meninos ou adolescentes com ginecomastia;
  • Crianças ou adolescentes que nasceram pequenos para a idade gestacional;
  • Crianças ou adolescentes com síndromes genéticas associadas a distúrbios do crescimento;
  • Alterações de peso;
  • Alterações da tireoide;
  • Alterações da puberdade;
  • Ambiguidade genital.

Clínica de Endocrinologia Croce

O endocrinologista pediátrico é o profissional responsável pelo diagnóstico e tratamento de doenças relacionadas ao sistema endócrino em crianças e adolescentes. Ao perceber alterações como os sintomas da diabetes na infância, é necessário que pais e responsáveis busquem auxílio de um especialista de confiança. Diante disso, é fundamental buscar uma clínica que possua experiência e credibilidade na endocrinologia pediátrica. 

Por isso, devemos apresentar a você a Clínica Croce. Desde nossa fundação em 1973, atuamos com o objetivo de oferecer atendimento humanizado, qualificado, moderno e eficiente a nossos pacientes.

Nossa dependência está localizada na zona oeste de São Paulo e oferece instalações e equipamentos de última geração, de modo a promover diagnóstico e tratamento de diversos tipos de condições, incluindo as endocrinológicas.

Atuamos de forma multidisciplinar para prover diagnóstico e tratamento que envolva especialidades como: endocrinologia, otorrinolaringologia, alergia e imunologia, reumatologia e sistema imunológico. 

Um de nossos diferenciais está no uso das modernas infusões de medicamentos para tratamento de pacientes com doenças crônicas ou em casos mais complexos e graves. As infusões medicamentosas são vistas como o futuro da área médica e possibilitam tratar os pacientes de forma eficiente e humanizada em diversos tipos de patologias.

Além de todo o diferencial oferecido pela clínica, a Croce é parceira de diversos planos de saúde disponíveis no mercado, tais como Porto Seguro, Allianz, Careplus, Saúde Caixa, SulAmérica, Bradesco, Amil, Unimed, Petrobras, Mapfre Saúde e muitos outros. 

O tratamento da diabetes na infância deve ser feito por um endocrinologista pediátrico, juntamente com uma equipe multidisciplinar que deve ser composta por nutricionista, psicólogo, enfermeiro e educadores em diabetes.

Por isso, se o seu filho precisa de uma avaliação em busca de um diagnóstico ou tratamento que seja realizado por um endocrinologista pediátrico qualificado e de experiência, a Clínica Croce é o local certo. Confiável e provido de métodos e tratamentos modernos e eficientes, a clínica oferece o melhor atendimento a você e seu filho.

Se o seu filho precisa de atendimento, é importante consultar um especialista. Para isso, faça já o agendamento conosco! Ainda que a Clínica Croce esteja localizada em São Paulo, por meio da telemedicina seu filho pode ser atendido em qualquer lugar, de forma online!