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Quais os efeitos do corticoide e em que momento usar?

efeitos do corticoide

Os corticoides são substâncias utilizadas para reduzir inflamações ou atividade do sistema imunológico do corpo. Dessa forma, os efeitos do corticoide alteram a ação do hormônio cortisol, influenciando no funcionamento de células da pele, tecido gorduroso ou ossos. 

O uso do corticoide está relacionado a problemas de saúde como artrite reumatoide, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, síndrome do intestino irritável, e mesmo no tratamento de reações alérgicas graves ou anafiláticas. 

Os efeitos do corticoide podem ser leves, reversíveis e irreversíveis. Por esse motivo, é muito importante entender que o medicamento deve ser utilizado somente com prescrição médica, seguindo a orientação de um profissional. A seguir, conheça mais sobre essa substância, sua indicação, riscos e efeitos do corticoide!

O que é corticoide?

O corticoide é uma classe de medicamentos de ação anti-inflamatória e imunossupressora. Isto é, trata-se de uma substância usada para suprimir os mecanismos de defesa do corpo, procedimento necessário para realizar transplantes e enxertos, por exemplo. 

Esse medicamento é confeccionado a partir do hormônio cortisol, produzido nas glândulas suprarrenais. Assim, o corticoide é um derivado sintético do cortisol e, ainda que tenha o mesmo núcleo, apresenta estrutura modificada para ter sua ação e função potencializada no organismo.

O corticoide também é conhecido como corticosteroide, glicocorticoide e anti-inflamatório esteroidal. Além de potente, o medicamento apresenta diversas indicações de uso. No entanto, por ser uma forma de hormônio sintético, o corticoide não atua apenas onde há problema, e podem alterar o funcionamento de todo o organismo. 

Dessa maneira, seu uso requer cuidados especiais e indicação médica. Assim, é fundamental seguir as orientações para uso à risca, utilizando o medicamento somente durante o tempo indicado.

Tipos de corticoide

Os corticoides estão disponíveis em diferentes formas farmacêuticas e recomendações para seu uso. O medicamento pode ser encontrado em soluções para uso via oral (comprimidos e xaropes), de forma injetável, como colírio, para uso tópico (pomadas e cremes) e por via inalatória.

O corticoide é uma substância muito utilizada ao longo das décadas, sendo aprimorado com novas moléculas criadas com o passar dos anos. Além disso, os efeitos do corticoide foram cada vez mais documentados, permitindo que as empresas incluíssem em suas formulações outros medicamentos que ajudassem a combatê-los, ou evitar que se agravassem.

Os corticoides podem ser divididos em seis grupos:

Tópicos (hidrocortisona, betametasona, mometasona ou dexametasona)

Cremes, pomadas, gel ou loções utilizados para tratar reações alérgicas ou doenças na pele, como dermatite seborreica, dermatite atópica, urticária e eczema.

Orais (prednisona ou deflazacorte)

Comprimidos ou soluções orais usadas no tratamento de diferentes doenças endócrinas, osteomusculares, reumáticas, do colágeno, dermatológicas, alérgicas, oftálmicas, respiratórias, hematológicas, neoplásicas e outras.

Injetáveis (dexametasona, betametasona)

Indicados para casos de alterações osteomusculares, condições alérgicas e dermatológicas, doenças do colágeno, tratamento paliativo de tumores malignos.

Inalatórios (fluticasona, mometasona)

Dispositivos usados para asma, doença pulmonar obstrutiva crônica e outras alergias respiratórias.

Spray nasal

Usados para tratar a rinite e congestão nasal intensa.

Colírio (prednisolona ou dexametasona)

Para tratamento de problemas oftálmicos, como conjuntivite ou uveíte, reduzindo a inflamação, irritação e vermelhidão.

Quais os efeitos do corticoide?

Quando existe uma inflamação no corpo, diversas substâncias podem ser responsáveis por este processo que reflete em todo o organismo. Os efeitos do corticoide envolvem a potencialização do hormônio cortisol. Essa ação impede a produção de várias substâncias relacionadas à inflamação e resposta imune da pessoa.

O uso terapêutico do corticoide inclui inúmeras condições, sendo as substâncias anti-inflamatórias, antialérgicas e imunossupressoras as mais visadas. Cada uma delas apresenta melhores efeitos ao serem aplicadas em um quadro clínico específico, por isso, o uso deve ser orientado por um médico. 

Quanto tempo duram os efeitos do corticoide no organismo?

Os efeitos do corticoide no organismo duram, em média, 30 dias, sendo necessário esse período após a última dose para ser eliminado do organismo. É importante lembrar que, de acordo com o tempo de uso do medicamento, dose e metabolismo, a substância pode levar mais tempo para ser eliminada.

Para que ele é indicado?

O uso do corticoide é indicado para boa parte das reações inflamatórias e, em alguns casos, para situações de imunossupressão. Entre as doenças para as quais os corticoides são mais usados, estão: 

  • Asma;
  • Esclerose múltipla;
  • Alergias, principalmente anafilaxias;
  • Hepatite autoimune;
  • Herpes zoster;
  • Lúpus eritematoso sistêmico;
  • Artrite reumatoide;
  • Leucemia;
  • Linfoma;
  • Púrpura trombocitopênica idiopática;
  • Mieloma múltiplo;
  • Edema cerebral;
  • Gota;
  • Sarcoidose;
  • Rinite alérgica;
  • Vitiligo;
  • Psoríase;
  • Doença inflamatória intestinal;
  • Vasculite;
  • Doença de Addison;
  • Doenças de pele de origem inflamatória ou autoimune;
  • Transplante de órgãos;
  • Urticária.

Além disso, o medicamento pode fazer parte do grupo utilizado como imunossupressor (para transplantes), como antiemético (de modo a diminuir náusea e vômitos) e em alguns casos em que há risco de parto prematuro.

É importante ressaltar que o corticoide é usado por curto período. Quando seu uso é mais recorrente ou longo, outros medicamentos são necessários como forma de conter os efeitos colaterais mais significativos.

Quais os principais efeitos do corticoide?

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Os efeitos colaterais do corticoide são mais comuns em casos de uso prolongado. Entre eles, a pessoa pode ter cansaço, aumento dos níveis de açúcar no sangue, diminuição das defesas corporais, agitação, insônia, aumento de colesterol e de triglicerídeos, dor de cabeça e glaucoma. A seguir, veja um pouco mais sobre os principais efeitos colaterais do corticoide.

Efeitos do corticoide: aumento de peso

O corticoide, principalmente quando ingerido por via oral, pode facilitar a retenção de sal pelo corpo. Em grandes quantidades, isso aumenta a retenção de líquidos, resultando no aumento do peso.

Além disso, o medicamento pode causar aumento do apetite, afetando também o metabolismo e como o organismo deposita a gordura. Ou seja, levando ao aumento e redistribuição de gordura corporal, que pode ser acumulada principalmente em áreas como abdômen, rosto e atrás do pescoço, como na Síndrome de Cushing.

Alterações na pele

O corticoide pode causar alterações na pele mesmo quando o medicamento é utilizado em doses baixas. Contudo, é mais comum acontecer com uso de doses mais altas e tratamento prolongado por tempo. 

Isso acontece porque o medicamento inibe os fibroblastos, células da pele responsáveis pela produção de colágeno. Essa ação leva à formação de estrias vermelhas na pele que marcam o abdômen, coxas, seios e braços.

Além disso, o uso de corticoide pode elevar o risco para o desenvolvimento de acne, pelos, dermatite e também tornar a pele mais fina e frágil, facilitando o aparecimento de pequenos vasos sanguíneos finos e vermelhos sobre a pele, vermelhidão no rosto, equimose (manchas roxas na pele) e má cicatrização de feridas. 

Diabetes como um dos efeitos do corticoide

O uso dos corticoides pode aumentar o risco para desenvolver diabetes, principalmente em pessoas com história da doença na família. Isso acontece quando os medicamentos são utilizados principalmente em altas doses, levando a redução da produção de insulina, ou mesmo aumentando a sua resistência, ação que resulta no aumento da quantidade de glicose no sangue. 

De forma geral, o efeito colateral desaparece quando se encerra o uso do corticoide, permanecendo quando a pessoa apresenta predisposição genética para a doença, ou que já tenha diabetes.

Pressão alta

Os medicamentos também interferem no equilíbrio de água, sais e minerais no corpo, como o sódio, potássio e cálcio. Isso provoca a retenção de líquidos dentro dos vasos sanguíneos, o que pode causar ou piorar a pressão alta.

Geralmente, esse tipo de efeito colateral é mais comum com o uso de doses mais altas de corticoides, assim como no uso prolongado desses remédios. Além disso, pode estar presente o risco aumentado para elevação do colesterol total e aterosclerose (o depósito de gordura nos vasos sanguíneos), aumentando o risco de pressão alta e doenças cardiovasculares. 

Efeitos do corticoide: osteoporose

A osteoporose é outro risco que pode ocorrer com o uso prolongado de corticoides. O motivo é que a substância pode provocar uma diminuição na quantidade e na atividade de células responsáveis pela formação dos ossos. 

Da mesma forma, o corticoide aumenta a absorção dos ossos, levando a uma perda da massa óssea. Este fator resulta em uma maior fragilidade nos ossos, aumentando o risco de fraturas. Os corticoides também diminuem a absorção de cálcio, mineral fundamental para o fortalecimento, aumento da resistência e manutenção da saúde dos ossos, aumentando novamente o risco de osteoporose. 

Alterações no estômago e intestino

Os medicamentos podem levar a alterações no estômago ou no intestino, aumentando o risco de efeitos gastrointestinais em quem mantêm o tratamento com corticoides. Entre os efeitos, estão:

  • Azia;
  • Gastrite;
  • Refluxo gastroesofágico;
  • Sangramento gastrointestinal.

Essas reações são causadas principalmente quando os corticoides são tomados junto com anti-inflamatórios não esteroides, como ibuprofeno, ácido acetilsalicílico ou naproxeno.

As substâncias também podem aumentar o risco para efeitos colaterais em outros órgãos relacionados ao sistema gastrointestinal, elevando o risco do desenvolvimento de pancreatite ou fígado gorduroso.

Infecções como efeitos do corticoide

Para pessoas que utilizam pelo menos 20 mg/dia de prednisona, é maior o risco de desenvolver infecções, visto que o tratamento com corticoides como este deixa o sistema imunológico mais suscetível. Isso torna o organismo mais sensível a infecções por fungos, bactérias, vírus ou parasitas e pode gerar infecções graves.

Alterações nos olhos como efeitos do corticoide

O uso de corticoides para tratamento pode causar alterações nos olhos, elevando o risco para o desenvolvimento de catarata em ambos os olhos, ou levar ao aumento da pressão intraocular. 

Em alguns casos, os corticoides podem aumentar o risco de glaucoma, especialmente em pessoas com história na família da doença. Além disso, o medicamento pode causar dificuldade para enxergar, assim como visão embaçada.

Por esse motivo, é recomendado a realização do exame para avaliar a saúde dos olhos e pressão ocular regularmente enquanto a pessoa estiver em tratamento com medicamentos como corticoide.

Alterações do humor e do sono

Os medicamentos apresentam também o risco para alterações do humor e do sono, como irritabilidade, ansiedade, euforia, dificuldade para dormir ou insônia.

Em alguns casos, o corticoide pode causar também depressão, perda de memória ou diminuição da concentração. Em tratamentos com doses de prednisona acima de 20 mg por dia, sendo administradas por um período de tempo prolongado, o risco de psicose também pode estar presente. 

Quais os riscos do uso do corticoide?

Os corticoides são hormônios sintéticos que, assim como apresentam excelente efeito no organismo, podem ser perigosos, causando diversas situações perigosas. Esse risco é ainda maior quando seu uso não tem acompanhamento médico.

Naturalmente produzido pelo organismo, o cortisol é um hormônio liberado na corrente sanguínea de forma intermitente ao longo do dia. A liberação dessa substância acontece durante apenas alguns minutos, como pulsos. Assim, algumas situações que podem aumentar a liberação do cortisol, apresentando risco para o uso de corticoide, são:

  • Gestação;
  • Uso de pílulas anticoncepcionais;
  • Tratamentos com estrogênios, como reposição hormonal na menopausa;
  • estresse.

Qual o risco do uso contínuo?

Por ser um medicamento de grande efeito, o corticoide ocasiona problemas mais graves quando é utilizado de forma contínua. Nestes casos, o medicamento está relacionado à alteração celular em diferentes partes do corpo.

Pessoas que sofrem com doenças reumáticas sem cura, como a artrite reumatoide, podem apresentar o risco de piora do quadro da doença ao utilizar este medicamento, uma vez que podem ficar dependentes do corticoide e, quando retirado, ocorre uma piora expressiva.

O uso contínuo de corticoide também está relacionado à cânceres mais agressivos, além à causa de obesidade central, diminuição do funcionamento da glândula suprarrenal e, quando usado sobre a pele de forma contínua, pode mascarar alguns problemas, fazendo com que as lesões se tornem crônicas e difíceis de serem tratadas.

Com esse tipo de uso, a pessoa está mais propensa a ter reações adversas e também agravar problemas de saúde existentes. Em situações em que o indivíduo está realizando tratamento oncológico, o uso de corticoide de maneira indiscriminada para aliviar as dores, utilizando doses além do que foi recomendado pelo médico, pode contribuir para que o câncer se espalhe para outras partes do corpo. 

Por esse motivo, o uso de medicamentos como corticoide deve ser feito somente com indicação médica, sempre respeitando a dosagem indicada pelo profissional como forma de evitar maiores problemas.

Qual o risco do uso sem prescrição?

Os corticoides são medicações potentes, que podem ser indicadas para diferentes tratamentos, e costumam apresentar uma melhora rápida para o paciente. Dessa forma, algumas pessoas podem insistir no uso do medicamento sem recomendação médica, ou mesmo utilizar doses diferentes do que foi prescrito pelo médico em um determinado quadro de inflamação, ou para tratar um problema posterior.

Essa atitude apresenta grande risco para o organismo, uma vez que a pessoa não sabe o que está relacionado aos novos sintomas, se a dose utilizada é maior ou menor do que a recomendada, nem mesmo se naquele caso é realmente necessário o uso de corticoides.

Quando o uso do corticoide é contraindicado

O uso dos corticoides não apresenta contraindicação absoluta. Contudo, eles devem ser utilizados apenas sob orientação e acompanhamento médico. Para pessoas com diabetes, hipertensão, osteoporose ou que estão na menopausa, o uso do medicamento deve ser ainda mais cuidadoso, visto que essa substância costuma alterar a glicemia e pressão arterial, além de estar relacionada a uma propensão do aumento da fragilidade óssea, agravando ou desenvolvendo a osteoporose.

Assim como adultos, crianças também devem ser monitoradas quando fazem uso de corticoides. Os medicamentos devem ser indicados apenas em casos de necessidade, uma vez que o seu uso por longos períodos pode causar um prejuízo no desenvolvimento muscular e esquelético, prejudicando o crescimento da criança

Em pessoas idosas, os corticoides também devem ter seu uso avaliado, considerando o metabolismo da pessoa, assim como o estado do organismo antes de prescrever corticoides.

Na leitura de hoje, você pôde conhecer melhor os efeitos do corticoide no corpo, as doenças que podem ser tratadas com esse medicamento e os riscos que o uso sem prescrição médica podem representar para o organismo.

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