fbpx

Existe tratamento de imunoterapia para rinite alérgica?

Espirros frequentes, dificuldade de respirar pelo nariz, coriza, olhos vermelhos e lacrimejantes e inchaço no rosto. Você ou seus filhos convivem com esses sintomas? De fato, a rinite alérgica pode atrapalhar o dia a dia e prejudicar a qualidade de vida. No entanto, ao contrário do que muita gente pensa, essa enfermidade pode ser tratada. Você já ouviu falar da imunoterapia para rinite alérgica?

A exposição diária a determinadas situações e fatores alérgenos pode desencadear a hiperreatividade das vias aéreas. Esse tipo de alergia é um problema de extensão global que deve ser monitorado com plena atenção – afinal, com fatores de estresse constantes, como o aumento da poluição e as mudanças climáticas, a tendência é de que tal condição atinja um número cada vez maior de pessoas.

Bastante frequente em crianças, estima-se que a rinite alérgica atinja mais de 30% da população. Os quadros caracterizam-se por uma inflamação crônica da mucosa nasal, resultando em espirros e obstrução nasal continuados.

Muitas vezes, não paramos para pensar sobre a importância do bom funcionamento do nariz, mas ele é o responsável por diversas funcionalidades de nosso corpo, tais como o transporte do ar, o umedecimento, a filtração e o olfato.

Nesse contexto, a rinite alérgica pode prejudicar o bem-estar e o rendimento escolar ou profissional, já que é comum que doenças associadas – ou comorbidades – também ocorram, resultando em problemas como dificuldades de concentração e perda cognitiva significativa. Distúrbios do sono, como micro despertares, dificuldade de manter o sono profundo, redução do tempo de sono, roncos e apneia também são frequentes.

Os sintomas dessa modalidade de alergia respiratória se assemelham aos de um resfriado e são causados por fatores como poluição, ácaros, pólen, mudanças bruscas de temperatura, pelos de animais produtos de limpeza, perfumes, cigarro, entre outros. O resultado? Espirros, coriza e coceira no nariz e na garganta.

Mas será que é possível reduzir a sensibilização do indivíduo e oferecer mais conforto? Para tratar dessa questão, o artigo de hoje traz um pouco mais de informações para discutir a existência e a eficácia do tratamento de imunoterapia para rinite alérgica. Acompanhe a seguir!

Afinal, o que é a rinite alérgica?

As alergias de origem respiratória estão cada vez mais presentes na realidade da população. Fatores como a crescente poluição, ácaros e a péssima qualidade do ar podem desencadear quadros alérgicos.

A rinite alérgica consiste em uma inflamação crônica da membrana mucosa que reveste as vias nasais. Uma vez provocada a reação, o indivíduo enfrenta uma série de sintomas, que vão desde a necessidade de respirar pela boca, até a rinorreia e a falta de olfato.

A rinite pode ser considerada a alergia de maior prevalência entre os brasileiros. Esse problema global de saúde pública afeta a qualidade de vida, prejudicando o período produtivo e podendo resultar em absenteísmo ao trabalho e à escola.

Sendo assim, a prevalência crescente desta doença, o seu impacto no bem-estar do indivíduo e o prejuízo social atrelado a ela apontam para a necessidade de opções terapêuticas eficazes para combater os seus sintomas.

Quais são as causas mais comuns da rinite alérgica?

Apesar de a rinite alérgica ser bastante comum, muita gente desconhece que o fator genético e hereditário desempenha um papel marcante no desenvolvimento da doença. Essa modalidade de alergia pode ter início em qualquer fase da vida, embora costume se manifestar com maior frequência logo na infância ou na adolescência.

Casos de doenças atópicas reforçam a etiologia alérgica do quadro, mas é importante ressaltar que o paciente não nasce hiperreativo, mas sim com a capacidade de se sensibilizar a determinados fatores. Isso significa que é possível conviver com dadas substâncias durante muitos anos, e desenvolver a sensibilidade apenas tardiamente.

Embora essa característica possa ser herdada dos pais – estima-se que quando um homem e uma mulher alérgicos têm um filho, a probabilidade de a criança ser alérgica é de 50%. Ainda que nenhum deles possua alergia, é possível que o descendente apresente manifestações alérgicas, como a rinite.

O mecanismo imunológico envolvido na rinite alérgica é mediado por anticorpos da classe IgE, e o principal agravante para as crises são os alérgenos ambientais, como ácaros, fungos e o pólen.

No Brasil, a poeira doméstica é a principal responsável pela rinite alérgica, pois o clima quente e úmido do país favorece a sua multiplicação. Os ácaros se adaptam com grande facilidade ao ambiente domiciliar e se proliferam especialmente em colchões e estofados.

Como ela se comporta no organismo?

O nariz humano atua como um verdadeiro defensor que impede que substâncias tóxicas entrem no pulmão. E quando ele detecta um elemento estranho, imediatamente, dá início a uma resposta, objetivando bloquear a passagem desse componente (por meio da obstrução nasal) e repeli-lo logo na sequência (resultando em espirros e coriza).

Podemos observar essa reação em todas as pessoas. No entanto, entre os alérgicos, ocorre uma defesa exagerada contra os agentes, o que caracteriza que esse grupo é hiperreativo a substâncias que não são potencialmente agressivas.

Nesse contexto, a rinite alérgica é uma doença inflamatória crônica, desencadeada por alérgenos que costumam estar presentes no ambiente, nos pelos dos animais domésticos e também na poeira. O sistema imunológico reage para defender o organismo contra esses fatores. Por isso, quando a pessoa tem uma crise alérgica, experimenta uma série de sintomas desagradáveis, que vão da coriza até a total obstrução no nariz.

Esse processo alérgico costuma ser evidente a partir do quarto ano de vida. Mas é bastante comum que, antes dessa idade, os pais acabem confundindo a doença com gripes e resfriados. É possível fazer essa diferenciação lembrando-se do fato de que, em geral, essas enfermidades são acompanhadas por febre, sinal não presente na rinite.

Quais são os seus principais sintomas?

A rinite alérgica é uma manifestação crônica desencadeada pela exposição contínua a alérgenos do ambiente. Se você ou seus filhos apresentam obstrução nasal persistente, coçam o nariz, olhos e/ou ouvidos e têm crises de espirros, pode ser que tenham rinite alérgica.

Outros sintomas comuns são irritação na garganta, lacrimejamento, tosse, congestão nasal, diminuição do olfato e da audição, olheiras, fadiga, irritabilidade, dores de cabeça e dificuldades para dormir.

O paciente apresenta esses sintomas quando entra em contato com as substâncias as quais é alérgico, ou seja, os alérgenos. Quanto maior for essa exposição, mais intensos costumam ser os sintomas experimentados.

É comum que esses sintomas apareçam minutos após o contato com o alérgenos e que se manifestem até cerca de 4 a 6 horas depois, prejudicando o rendimento escolar e profissional durante as crises.

A iniciativa ARIA classifica em diferentes tipos, tendo por base a frequência e intensidade dos sintomas, e seu impacto sobre a qualidade de vida do paciente. Segundo a iniciativa, a rinite pode ser:

  • Intermitente: neste caso, se manifesta por até 4 dias por semana ou menos de quatro semanas consecutivas no ano. Também é conhecida como rinite sazonal, pois costuma acompanhar a mudança das estações, quando a quantidade de pólen e da umidade sofre oscilações;
  • Leve: aqui, as crises são leves e não chegam a prejudicar o sono ou as atividades escolares ou profissionais diárias, já que os sintomas não são muito incômodos;
  • Persistente: a duração das crises é de, ao menos, quatro dias por semana ou quatro semanas consecutivas no ano. Em geral, está associada ao contato com ácaros e pêlos de animais;
  • Moderada a grave: nesse caso, as crises interferem no repouso e na rotina. O sono e as atividades diárias são prejudicados e os sintomas comprometem a qualidade de vida e geram bastante desconforto.

Independentemente da classificação, o diagnóstico é o primeiro passo para estabelecer um tratamento assertivo. É preciso conhecer os sintomas e os fatores que provocam as crises para, então, poder optar pelas alternativas mais indicadas e garantir a melhora da qualidade de vida.

Embora a rinite alérgica não tenha uma cura, é possível controlar as crises e proporcionar mais confortos aos alérgicos. E uma das opções para aliviar os sintomas, reduzir a incidência das crises e, até mesmo, os gastos com antialérgicos e medicamentos é a imunoterapia.

O que é imunoterapia?

A imunoterapia é um conjunto de estratégias desenvolvido graças aos avanças tecnológicos, utilizado na medicina para otimizar a resposta imunológica em dados tratamentos. Essa técnica pode ser empregada em casos que vão desde alergias até cânceres e outras formas de infecção.

Embora muita gente desconheça essa modalidade, ela já é utilizada há mais de 100 anos. Em 1911, os pesquisadores ingleses Leonard Noon e John Freeman publicaram seus trabalhos sobre o tema, defendendo a eficácia das vacinas terapêuticas em pacientes acometidos de “Febre do Feno”.

De lá para cá, muita coisa mudou, e o tratamento de imunoterapia para rinite alérgica foi aprimorado e difundido por todo o mundo para trazer cada vez mais benefícios aos pacientes.

O principal objetivo dela é reduzir a sensibilidade das pessoas a dadas substâncias, diminuindo as reações alérgicas e os seus sintomas. A imunoterapia permite que o paciente deixe de ser hipersensível a determinados fatores e passe a ser tolerante a eles, gerando maior qualidade de vida ao indivíduo.

Conheça a imunoterapia para rinite alérgica

De forma geral, o tratamento para rinite alérgica baseia-se em três pilares: controle do ambiente, uso de medicamentos e imunoterapia. Cada paciente possui características únicas, portanto, é importante saber identificar a estratégia adequada para seu caso específico a fim de controlar os sintomas e melhorar a sua qualidade de vida.

Embora muita gente goste de mascarar os sintomas da crise, fazendo uso de spray nasal e antialérgicos, a imunoterapia é o único meio de modificar a história natural da rinite alérgica e controlá-la.

Também conhecida como “vacina para alergia”, a imunoterapia para rinite alérgica tem como objetivo diminuir a sensibilidade do paciente alérgico a determinadas substâncias. O tratamento consiste na administração do alérgeno em doses crescentes e por um período de tempo que dependerá de fatores que incluem risco de exposição, sintomas, resposta, entre outros.

Para inibir as reações, ela é formulada de acordo com cada paciente. As doses podem incluir ácaros, pólens e venenos de inseto (abelhas, formigas e vespas) para diminuir a sensibilização do indivíduo por meio de uma série de alterações na resposta imune que estão associadas à melhora clínica.

Quando a imunoterapia para rinite alérgica é indicada?

A vacina para o tratamento de doenças alérgicas é indicada para os indivíduos sensíveis a fungos, poeira, pólen, pelos de animais e cheiros fortes.

A aplicação da imunoterapia deve ser fundamentada por meio de três pilares: disponibilidade do alérgeno, comprovação da sensibilidade e avaliação do quadro clínico do paciente.

É importante ressaltar que a rinite alérgica não tem cura. Por isso, as vacinas com alérgenos devem ser usadas em conjunto com outras medidas, como o controle ambiental e a farmacoterapia. Assim, por meio desse conjunto, é possível otimizar a prevenção das manifestações clínicas.

Benefícios da imunoterapia para rinite alérgica

A aplicação das doses também ajuda a prevenir o desenvolvimento de sensibilização para outros alérgenos e a impedir a evolução do quadro para outras doenças, como a asma.

Quem mora em grandes cidades está sujeito a fatores que são difíceis de serem controlados, como a poeira e as mudanças na temperatura. Além disso, é impossível impedir as crianças de brincarem com cachorros e ursinhos de pelúcia que podem estar com poeira doméstica, além de frequentar praças com flores cheias de pólen.

Como a exposição aos alérgenos ocorre de maneira quase natural e diária, é preciso utilizar estratégias que combatam a continuidade do contato e gerem uma resposta imunológica. O principal benefício da imunoterapia é a possibilidade de mudar a resposta imune do paciente alérgico, diminuindo os sintomas e resultando na melhora da qualidade de vida.

Como é feito o tratamento de imunoterapia para rinite alérgica?

A aplicação do tratamento é feita em sua maioria por meio de injeções subcutâneas. São ministradas doses crescentes do alérgeno causador do problema até atingir uma concentração de manutenção.

A duração da imunoterapia é de cerca de 3 a 5 anos após alcançar o máximo efeito clínico, mas essa decisão é tomada considerando fatores individuais que influenciam no seu efeito.

Embora o tratamento de imunoterapia para rinite alérgica eleve a imunidade do paciente para que ele apresente menos sensibilidade, não dá para relaxar! Se o indivíduo possui 3 milhões de anticorpos e entra em um ambiente úmido e cheio de poeira, que faz com que ele tenha contato com 4 milhões de ácaros, as perspectivas não são nada boas e as crises podem ser iminentes.

Por isso, manter a casa sempre limpa e arejada, lavar o nariz frequentemente com soro fisiológico e evitar o contato com os agentes causadores da alergia são alguns cuidados muito importantes.

Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e forem determinadas as causas da rinite, melhores serão os resultados alcançados. O tratamento pode ser feito em qualquer idade, respeitando, evidentemente, as características do paciente. Casos de indivíduos que sofram com asma devem ser analisados, bem como os daqueles que usem betabloqueadores ou sofram de doenças autoimunes ou coronarianas.

As vacinas devem ser aplicadas quando outras terapias se demonstraram ineficazes. Assim, a administração de um alérgeno padronizado pode ser a melhor opção para esse paciente.

Apesar de todos os avanços da medicina e do desenvolvimento de técnicas para controlar as alergias e os sintomas a elas associados, a imunoterapia ainda enfrenta algumas barreiras. A principal delas é o fato de que, em sua maioria, os indivíduos costumam ser hipersensíveis a mais de um tipo de fator, dificultando a identificação do alérgeno.

Mas existem exames, como o teste cutâneo e os exames de sangue, que evoluíram muito e são capazes de detectar múltiplos alérgenos e diferentes fontes, para que, assim, o paciente receba um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz.

Se a ideia das picadas frequentes faz com que você ou as crianças torça o nariz para o tratamento de imunoterapia para rinite alérgica, é importante saber que a administração por via sublingual vem sendo bastante estudada e empregada, mas segue em fase investigativa. As injeções subcutâneas continuam sendo a melhor e mais eficaz opção. Além disso, basta ter em mente todos os benefícios que serão conquistados após a aplicação das doses, não é mesmo?

Quem é o responsável pelo tratamento de imunoterapia para rinite alérgica?

Para poder identificar os agentes causadores da rinite alérgica, o médico deve estar familiarizado com os principais alérgenos da região e dispor de métodos apropriados de diagnóstico. Nesse sentido, o profissional deve possuir capacitação específica para evitar o agravamento da alergia e aplicar as doses da melhor forma possível.

A imunoterapia é bastante eficaz quando aplicada por profissionais qualificados, capazes de determinar a dosagem necessária e desenvolver a padronizações dos extratos necessários. Nesse sentido, um atendimento humanizado, realizado por renomados médicos é um diferencial. 

A Clínica Croce oferece os principais meios para diagnóstico e tratamento das doenças alérgicas e conta com um time de elevado nível técnico e científico, sendo uma referência no tratamento de imunoterapia para rinite alérgica.

Por isso, caso você tenha algum destes sintomas, agende sua consulta com a Clínica Croce. Por meio do atendimento via telemedicina é possível ser atendido de qualquer lugar do Brasil, sem a necessidade de estar em São Paulo, cidade sede da clínica.