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Otorrinolaringologista: o que é e quais doenças trata?

Popularmente conhecido como otorrino, o otorrinolaringologista é um especialista da área médica clínico-cirúrgica cada vez mais requisitado. Questões como ouvir música alta com fones de ouvido, maior longevidade da população, mais contato com elementos alérgenos e outros fatores, têm gerado uma demanda frequente pelo atendimento clínico ou cirúrgico fornecido por esse profissional.

Mas você sabe exatamente o que é, do que trata e como é a atuação do otorrinolaringologista? Neste artigo, tire essas e outras dúvidas sobre essa área médica!

O que é otorrinolaringologista e como é sua formação?

O otorrinolaringologista é o médico responsável por tratar das doenças ligadas ao ouvido, ao nariz e à garganta, além de estruturas relacionadas com eles, como a cabeça e o pescoço. O termo é uma aglutinação das palavras de origem grega oto (orelha), rino (nariz) e laringo (garganta). Trata-se, portanto, de campo com diversas subespecialidades e que pode ter caráter tanto clínico quanto cirúrgico – incluindo nessa categoria tanto cirurgias mais simples (como as de amígdalas) até as mais complexas (como as de tumores da base do crânio).

A princípio, as funções de um otorrinolaringologista podem parecer amplas e um tanto vagas, especialmente para pacientes que dispõem de pouco tempo para se consultarem em relação a determinados sintomas e, assim, detectarem e tratarem doenças a tempo. 

Por ser um campo de estudos na medicina que se expandiu bastante nos últimos 50 anos, há uma ampla gama de especialidades e de subespecialidades que podem ser diagnosticadas prontamente por meio do exame físico. Dessa forma, sintomas comuns como problemas com audição, dores nas costas ou congestões nasais, podem ser abordadas de forma prática, sem prejudicar a agenda do paciente.

De acordo com dados de 2018 da Associação Médica Brasileira (AMB), existem por volta de 6.400 otorrinolaringologistas atuando no país. A especialização para se tornar um otorrinolaringologista permite a atuação tanto em consultórios quanto em hospitais públicos, privados e clínicas especializadas.

Para a especialização de otorrinolaringologista, o primeiro pré-requisito é, naturalmente, o diploma de medicina. Com isso, o profissional que deseja a especialização em otorrinolaringologia pode optar por realizar a residência médica na área ou fazer um curso de especialização com esse enfoque.

Dentre as qualificações relevantes e internacionalmente reconhecidas na otorrinolaringologia, vale destacar a Junta Americana de Otorrinolaringologia (ABOTO). Estabelecido desde 1924, o órgão certifica cirurgiões de cabeça e pescoço por meio de um processo de treinamento em residência e exames específicos, além de realizar a manutenção do processo de certificação desde 2002.

A certificação da Junta Americana de Otorrinolaringologia exige:

  • Quatro anos de faculdade completos;
  • Quatro anos de faculdade de medicina;
  • Cinco anos adicionais de programa de residência médica;
  • Pelo menos nove meses de treinamento básico de cirurgia, emergência, cuidados intensivos e anestesia no primeiro ano de residência;
  • Pelo menos 48 meses de educação progressiva na especialidade.

No entanto, para a Junta Americana de Otorrinolaringologia, a certificação não termina com a aprovação dos exames. Trata-se de um processo de atualização contínuo que passa por toda a carreira profissional do otorrinolaringologista. A organização é independente, não tem fins lucrativos e é parte dos 24 conselhos de certificação do American Board of Medical Specialties (ABMS).

Os campos de especialização no segmento de otorrinolaringologia são diversos. Dependendo da especialidade, alguns otorrinolaringologistas poderão necessitar de cursos e de tempo de estudo adicionais focados na especialidade de sua escolha. Gradativamente, isso forma profissionais aplicados em gerenciarem e oferecerem serviços personalizados, focados em uma determinada especialidade. 

As áreas de especialização são as seguintes:

  • Imunoterapia: atua na prevenção de gatilhos e medicação para tratamentos de alergia;
  • Cirurgia plástica: sendo ela facial ou reconstrutiva na região da face, do pescoço e das orelhas, tanto para fins cosméticos como funcionais;
  • Tratamento oncológico: remoção de tumores benignos ou malignos na cabeça, no pescoço, no nariz e na garganta;
  • Laringologia: tratamento de distúrbios na garganta e na voz;
  • Otologia e neurotologia: tratamento de distúrbios na orelha. Envolve também distúrbios que tenham origem nos nervos que afetem a audição e o equilíbrio;
  • Pediatria focada na otorrinolaringologia: área voltada ao tratamento para crianças, incluindo problemas de formação e desenvolvimento congênito;
  • Rinologia: tratamento de distúrbios no nariz e de inflamação dos sinos nasais, popularmente conhecidas como sinusites.

Desse modo, a formação com especialização em otorrinolaringologia oferece uma grande gama de possibilidades de atuação, mesmo nos quatro anos iniciais de formação médica do profissional. Isso inclui desde a atuação clínica no tratamento de alergias e lesões até os campos de cirurgia estética e funcional. Ainda, existe uma grande variedade de oportunidades tanto na rede pública quanto na privada de exercer tal função.

O conjunto de ouvido, nariz e garganta, ao longo dos anos, fez com que o otorrinolaringologista precisasse conquistar novos espaços acadêmicos e, por sua vez, profissionais. É comum que novas especialidades e carreiras na medicina acabem por criar intersecções. Um tratamento auditivo, por exemplo, pode ter um otorrinolaringologista atuando na etapa clínica ou diretamente nos procedimentos cirúrgicos, sendo auxiliado por outros profissionais.

O resultado dessa evolução do otorrinolaringologista enquanto profissional é a de uma atuação cada vez mais preocupada em trabalhar com novas técnicas, tratamentos e exames, expandindo, dessa forma, sua efetividade em diferentes especialidades.

De que tipo de casos trata um otorrino?

Os tratamentos que são de responsabilidade do otorrinolaringologista estão ligados a doenças que afetem o nariz, os seios paranasais, os ouvidos, a faringe e a laringe. No sistema auditivo, o otorrinolaringologista também é responsável por cuidar de doenças que afetem o equilíbrio do paciente, como aquelas com sintomas como tonturas e vertigens.

Dentre os principais sintomas e doenças cuja análise e tratamento são de responsabilidade do otorrinolaringologista, podemos destacar:

  • Rinite: irritação e inflamação das cavidades nasais.
  • Sinusite: irritação e inflamação dos sinos nasais.
  • Desvio do septo nasal: distúrbio na parede de cartilagem entre as narinas. Pode ser congênito ou resultante de processos inflamatórios ou infecciosos, podendo causar interferências na função respiratória.
  • Polipose nasal: formações polipoides (tumores benignos) detectadas nas cavidades nasais e nos seios paranasais. Ocorre como resultado de processo inflamatório crônico da mucosa nasal.
  • Apneia: relaxamento dos músculos da garganta e fechamento das vias respiratórias, impedindo a respiração adequada do paciente.
  • Surdez: sendo a perda auditiva parcial ou total, além de zumbidos.
  • Otites: infecção do ouvido médio, podendo resultar em inflamações e acúmulo de secreção na região.
  • Amidalite: infecção das amígdalas, tecido atrás da garganta. Pode causar febre, dor de garganta e inchaços na região do pescoço.
  • Faringite: infecção bacteriana ou viral na parte posterior da garganta.
  • Paralisia facial: perda de movimento nos músculos da face por conta de problemas nos nervos.
  • Dificuldade para engolir: sintoma que pode estar ligado a doenças que afetem garganta e pescoço.
  • Alterações nas pregas vocais: nódulos ou calos, geralmente identificados pelo sintoma da rouquidão, podendo indicar problemas relacionados.
  • Labirintite e distúrbios do labirinto: podendo causar sintomas de tontura, náuseas, zumbidos no ouvido e, até mesmo, diminuição na audição.
  • Outras situações: envolvendo câncer nas cordas vocais, câncer da laringe, pólipos nasais, distúrbios do sono, perfuração do tímpano, tumores cervicais benignos e malignos, dentre outras.

Como é possível perceber, existem sintomas que podem vir a evoluir para quadros mais críticos e se tornarem doenças que exijam a atenção especializada do otorrinolaringologista. Por outro lado, existem sintomas mais comuns e menos sérios, que são facilmente controlados. Um resfriado, por exemplo, causa inflamações na garganta e nas mucosas. Apesar disso, raramente trata-se de um quadro que evolua para uma pneumonia ou algo mais grave.

Quais são os procedimentos realizados?

Em um consultório, envolvendo procedimentos mais simples, os atendimentos mais comuns a serem realizados por esse especialista são:

  • Retirada do cerúmen – a popular cera de ouvido, e descongestionamento das vias auditivas;
  • Nasofibrolaringoscopia – um procedimento que examina por dentro do nariz, identificando doenças possíveis no local, nos seios da face e na garganta;
  • Cauterização nasal – em caso de hemorragias em toda a estrutura do nariz, como septo e mucosas;
  • Audiometria – exame de audição a fim de averiguar o nível mínimo de intensidade sonora percebida pelo paciente;
  • Drenagens diversas – comumente feitas em abscessos localizados na garganta, no nariz ou nas orelhas;
  • Remoção de cáseo – bastante conhecida como “bolinha na garganta”, é a retirada de uma substância pastosa amarela ou esbranquiçada, derivada da da necrose de tecidos nas amígdalas;
  • Laringoscopia direta – exame para detecção de doenças da voz e da deglutição;

Ainda no consultório, outros procedimentos comuns envolvendo um otorrinolaringologista são as biópsias de lesões de boca, nariz e ouvidos; o famoso teste da orelhinha, que tem nome técnico de emissões otoacústicas evocadas por transientes; espectrografias vocais; curativos otológicos; a imitanciometria; triagem auditiva neonatal; tratamento de sangramentos nasais e as videolaringoscopias, videonasoendoscopias e videonistagmoscopias.

Já no campo cirúrgico, normalmente realizada em hospitais, as atividades realizadas pelo profissional envolvem procedimentos relacionados ao ouvido, nariz e laringe, além da retirada de tumores em tratamentos de câncer ligados aos mesmos órgãos.

Como é a atuação do otorrinolaringologista?

Os sintomas que geralmente levam o paciente à procura de um otorrinolaringologista, de uma forma clara, estarão relacionados a dificuldades para ouvir, respirar ou engolir alimentos.

Em relação a distúrbios auditivos, por exemplo, o otorrinolaringologista tem atuação exclusiva e cada vez mais expressiva. Conforme levantamento recente realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), quase 15% dos brasileiros apresenta algum nível de surdez e, a cada ano, aumentam em torno de 1% os novos casos de deficiência auditiva.

Os problemas de inflamação nos sinos nasais, a popular sinusite, ocupa o segundo lugar nos diagnósticos mais comuns, figurando por volta de 28,5 milhões de adultos diagnosticados, o que equivale a 12,1% do quadro. Além da sinusite, o otorrinolaringologista também inclui em suas subespecialidades o tratamento de alergias e distúrbios com o olfato.

Por último, doenças decorrentes de inflamação na garganta e esôfago também são de responsabilidade dos otorrinolaringologistas, o que inclui problemas na voz e no processo de comer ou engolir.

Englobar doenças e distúrbios na cabeça, rosto e pescoço é algo relativamente recente nos 50 anos de estudos e práticas em otorrinolaringologia. No entanto, dependendo do quadro e dos sintomas apresentados, o otorrinolaringologista também pode tomar a frente no tratamento de infecções, traumas, deformidades e até mesmo cânceres. Quanto a esse aspecto, vale ressaltar que é comum que se tenha uma intersecção do trabalho do otorrinolaringologista com outros profissionais focados em outras especialidades, tais como cirurgiões orais, dermatologistas e oncologistas, por exemplo.

As subespecialidades do campo da otorrinolaringologia surgem em decorrência do avanço dos conhecimentos na área de otoneurologia, isso é, de problemas de tontura. Com esse avanço, etapas de diagnóstico e tratamento do otorrinolaringologista podem encontrar limitações em relação ao aspecto cirúrgico, caso ele não obtenha formação em uma subespecialidade que permita que ele possa focar em serviços personalizados.

Em procedimentos cirúrgicos mais complexos, é importante que haja um foco de atuação maior nessas questões. Geralmente, a formação capacita que futuros otorrinolaringologistas realizem boa parte das cirurgias da especialização desejada. No entanto, é importante que se tenha um aprimoramento no ano final de sua formação médica para a área em que desejam atuar.

Uma das atuações do otorrinolaringologista mais recorrentes é o trabalho em pronto-socorro. Isso ocorre pois o mercado tem o costume de absorver essas especialidades para agirem primariamente sob essa demanda. Apesar disso, existe um crescimento claro de opções especializadas de otorrinolaringologistas em consultórios e ambulatórios privados.

As cirurgias realizadas nos hospitais por otorrinolaringologistas geralmente são operações de menor urgência, salvo casos isolados, podendo ser marcadas de acordo com a comodidade e a disponibilidade do paciente. Ter um consultório próprio pode ser uma dificuldade para o profissional, especialmente em relação a pacientes conveniados. É comum que as áreas das grandes metrópoles estejam saturadas em suas especialidades. Por conta disso, é recomendado que o paciente busque por opções que possam oferecer um serviço de qualidade na especialidade desejada.

Ao buscar um otorrinolaringologista, busque por um profissional com o melhor atendimento, tanto em termos de conhecimento quanto de estrutura. Boa parte dos sintomas referentes à obstrução no nariz e ouvidos envolve a ação desse profissional. Entre as doenças mais tratadas por otorrinolaringologistas ainda estão as relacionadas a inflamações em estruturas olfativas e auditivas. Portanto, para que se tenha o melhor diagnóstico, vale a pena procurar por um profissional que possa oferecer praticidade e esteja próximo ao seu local de trabalho ou residência.

O caso do otorrinolaringologista enquanto profissional está intrinsecamente relacionado às suas especialidades em sintomas comuns. Um resfriado, por exemplo, pode envolver ouvidos inflamados, nariz escorrendo e garganta doendo. Além disso, as funções e os sentidos mais básicos e essenciais para uma vida saudável estão nos ouvidos, no nariz e na garganta. O otorrinolaringologista cumpre uma função social em garantir que essas funções possam performar perfeitamente.

Vale destacar que a prevenção de doenças futuras é importante. Por conta disso, é crucial contar com o apoio de profissionais que saibam fundamentar seu tratamento e oferecer dicas de prevenção no longo prazo, aumentando a saúde e a qualidade de vida do indivíduo.

Quando procurar um otorrino?

Muitas vezes, a consulta com o otorrinolaringologista é indicada por outro médico – como clínico geral ou pediatra – que identificou alguma possível doença no ouvido, no nariz ou na garganta do paciente. Ainda, deve-se procurar esse profissional sempre que se sentir alguma anormalidade ou desconforto nessas áreas do corpo.

Dada a abrangência de atuação do especialista, ele exerce papel fundamental em todas as fases de nossa vida. Casos de otites e amigdalites comumente levam as crianças ao seu consultório. Já no caso dos adultos, quadros de rinite ou sinusite frequentemente são motivações para buscar o auxílio desse médico. E na terceira idade, situações de surdez ou distúrbios relacionados ao equilíbrio são alvo constante da procura pelo especialista.

Por fim, destacamos que sempre que sintomas como os descritos a seguir se manifestarem, é hora de procurar o auxílio de um otorrinolaringologista:

  • Dor de garganta ou dificuldade para engolir;
  • Dor ou desconforto nos ouvidos;
  • Dor de cabeça ou na face;
  • Zumbido nos ouvidos;
  • Má qualidade do sono;
  • Problemas de equilíbrio;
  • Sangramento nasal;
  • Rouquidão;
  • Secreção nos ouvidos;
  • Redução da acuidade auditiva;
  • Coriza intensa;
  • Amígdalas aumentadas;
  • Presença de cáseo nas amígdalas;
  • Tontura.

Otorrinolaringologia na Clínica Croce

Fundada pelo Professor Dr. Júlio Croce, um dos primeiros médicos da USP (Universidade de São Paulo) a clínica conta com uma equipe de otorrinolaringologia com expertise e pronta a oferecer um tratamento clínico ou cirúrgico eficaz e qualificado a seus pacientes. A Clínica Croce conta com os principais meios para diagnosticar e tratar doenças nos ouvidos, nariz e laringe, além de um time multidisciplinar de alto nível técnico, sendo referência na Zona Oeste de São Paulo, capital. Pacientes que buscam tratamentos específicos para as doenças respiratórias e outros casos que citamos aqui, além de imunoterapia para rinite, testes e exames alérgicos, têm na Clínica Croce a opção ideal em sua busca.

Você gostaria de saber mais sobre a otorrinolaringologia? Deixe seus comentários logo abaixo. E se ainda tiver dúvidas sobre o que esse profissional pode oferecer para seu tratamento médico, agende sua consulta com a Clínica Croce. Por meio do atendimento via telemedicina é possível ser atendido de qualquer lugar do Brasil, sem a necessidade de estar em São Paulo, cidade sede da clínica.