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Conheça as doenças alérgicas comuns na primavera

Primavera

Estação do ano que faz transição entre inverno e verão, a primavera não é marcada somente pelo clima ameno e desabrochar das flores. Devido ao seu tempo úmido, algumas doenças alérgicas comuns na primavera são responsáveis por tirar o sono de muitos, principalmente crianças e idosos. 

Isso porque nessa época do ano ocorre o aumento da incidência de ácaros e bactérias por causa do pólen das flores e outros causadores. Para auxiliar a evitar as doenças alérgicas comuns na primavera, elaboramos o post de hoje com orientações que serão muito úteis em sua vida. Venha conosco acompanhar a leitura!

O que são alergias

As alergias são respostas exageradas que o organismo humano apresenta após o contato com o ambiente que nos rodeia, com substâncias alérgenas feito o pólen e ácaros. Mais frequentes quando existem casos familiares, as doenças alérgicas apresentam risco genético para sua ocorrência. 

Doenças alérgicas e a primavera

A chegada da estação mais florida do ano traz um novo colorido às ruas com árvores e plantas que desabrocham e mostram sua natureza exuberante. Contudo, é neste período que as pessoas já predispostas a doenças alérgicas devem tomar cuidado redobrado, a fim de evitar possíveis crises respiratórias. 

Conhecidas por alergias sazonais, as doenças alérgicas comuns na primavera são causadas por pólens, ácaros e gramíneas, relacionados à estação do ano. Além disso, outra causa são esporos de mofo que podem surgir em maior quantidade. 

As doenças alérgicas acontecem com a resposta exagerada do sistema imunológico (sistema de defesa) após uma exposição aos alérgenos (substâncias que causam as reações alérgicas). Essas alergias podem variar de acordo com os agentes que foram causadores depois do contato com pele (dermatites ou urticárias), ingestão de alimentos ou medicamentos, ou inalação, causando dificuldades respiratórias, como rinite e asma. 

Agentes causadores e sintomas

Como vimos, os maiores agentes causadores das doenças alérgicas comuns na primavera são pólen, mofo, insetos, como ácaros e baratas, ou alérgenos de animais, como pêlos, penas ou saliva. Identificar o fator desencadeante pode ser fácil, basta observar o surgimento de sintomas após o contato com alguns desses causadores. 

Entre os sintomas podem estar a congestão nasal, coriza, coceira no nariz e olhos, espirros, olhos vermelhos, rouquidão, coceira na garganta e dificuldades para dormir devido os problemas para respirar com tranquilidade. 

Hereditariedade

Em relação à predisposição, alguns estudos sugerem um risco maior de desenvolver a enfermidade quando a criança nasce por meio de parto cesariana. Contudo, na maioria das vezes, há o diagnóstico de condições alérgicas nos pais. Desta maneira, o componente hereditário parecer se destacar. Conforme a predisposição individual, a pessoa que tiver exposição ao longo do tempo a um determinado alérgico poderá desenvolver indícios típicos de doenças alérgicas. 

Características da primavera

Iniciando no dia 23 de setembro e se estendendo até 21 de dezembro, a primavera é uma época em que o índice de umidade aumenta, melhorando as condições para que as plantas floresçam e abrindo espaço para animais polinizadores. 

Em razão das características da estação, como tempo seco e presença de umidade em algumas regiões do país, o ar fica propício para crises alérgicas e problemas respiratórios.

Entre as pessoas afetadas pelas doenças alérgicas comuns na primavera, os que mais sofrem são crianças e idosos, além daqueles que são portadores de doenças crônicas, como asma, rinite e sinusite. 

Por ser uma estação de transição entre uma seca e fria para uma quente e úmida, o ar se torna mais favorável a ácaros, fungos e bactérias. Além disso, os problemas se proliferam por conta de fatores externos, como poluição e mofo, afetando de forma direta as alergias, principalmente em pessoas que já costumam sofrer com algum distúrbio respiratório.

Doenças alérgicas comuns na primavera

Vimos que as doenças alérgicas comuns na primavera afetam em sua maioria pessoas com predisposições, que já apresentem doenças crônicas, distúrbios alérgicos, crianças e idosos. Agora, vamos conhecer quais são as principais doenças alérgicas que costumam aparecer durante essa estação do ano. 

Asma

É durante a primavera que o pólen das flores e gramíneas são carregados pelo vento, tornando-se alérgenos nas crises de asma, doença crônica que não apresenta cura. A asma é caracterizada pela inflamação das vias aéreas, e mesmo que suas causas não sejam bem definidas, sabe-se que provavelmente são decorrentes da combinação de fatores genéticos e ambientais. 

É nessa doença alérgica que os brônquios ficam inflamados, principalmente ao entrar em contato com fatores desencadeantes que dificultam a respiração, como poeira, poluição, ar frio e fumaça de cigarro.

É na primavera que a tendência aumenta para que crianças sofram com maiores crises. Ainda que o tratamento seja feito sob orientação médica com o uso de medicamentos controlados para aliviar e prevenir o aparecimento dos sintomas, eles podem estar presentes. Veja quais são os sintomas mais comuns:

  • falta de ar;
  • chiado no peito;
  • sensação de aperto no peito;
  • dificuldades para respirar;
  • tosse.

Seu tratamento envolve broncodilatadores e uso de corticóides inalados para melhorar a inflamação dos brônquios. Atualmente, já existem medicamentos imunobiológicos para casos mais graves, como vacinas. Na prevenção da asma, alguns pontos devem ser colocados em prática:

  • manter a vacinação em dia;
  • evitar ambientes fechados, sem ventilação e pouco ensolarados;
  • arejar o ambiente;
  • praticar exercícios físicos regularmente, mas de forma controlada;
  • lavar roupas de cama com frequência;
  • reforçar limpeza da casa;
  • evitar exposição à fumaça de cigarro, poluição, poeira e outros fatores identificados como desencadeadores;
  • evitar bichos de pelúcia na cama.

Rinite alérgica

Parecida com um resfriado, a rinite alérgica tem como sintomas diferenciais coceira no nariz, olhos e garganta, além disso, seus sintomas serem mais persistentes do que um resfriado comum. Mais comum em crianças, a rinite alérgica atinge cerca de 30% delas, e é desencadeada por ácaros, pólen, e epitélios de animais. A variação climática da primavera e poluição acabam piorando os sintomas. 

Sabe-se também que um indivíduo com rinite é geneticamente predisposto se um dos pais for alérgico, aumentando as chances em até 30%. Caso os dois pais possuam a rinite alérgica, a criança tem até 80% de chances de também desenvolver a doença. Entre os principais sintomas da rinite, estão:

  • coriza;
  • espirros;
  • coceira no nariz, olhos e garganta.

O tratamento da rinite alérgica depende dos sintomas envolvidos e sua frequência. Para tratar condições que estão presentes somente nas crises, utiliza-se anti-histamínicos. Já em casos mais persistentes, é preciso que o tratamento seja de forma contínua, com corticóides nasais, ou imunoterápicos. Além disso, lavagem nasal com solução fisiológica pode aliviar o desconforto. Para a prevenção, algumas ações devem ser colocadas em prática:

  • aspirar o colchão ou utilizar capa impermeável;
  •  não utilizar travesseiros de pluma;
  • não higienizar ambientes com produtos fortes;
  • tirar objetos que acumulam poeira de quartos e salas;
  • utilizar aspirador de pó com filtro adequado ou pano úmido na limpeza da casa;
  • evitar animais domésticos;
  • abrir janelas para ventilar ambientes;
  • manter a casa arejada e ensolarada;
  • evitar umidade ou vazamentos;
  • evitar carpetes, tapetes e móveis estofados;
  • utilizar capas impermeáveis em travesseiros;
  • lavar roupas de cama semanalmente;
  • evitar cortinas pesadas, longas ou de muitas camadas;
  • evitar cobertores e roupas de lã.

Conjuntivite alérgica

Entre as doenças alérgicas comuns na primavera, a conjuntivite alérgica é a inflamação que acomete a membrana de cobre o olho. Pode ocorrer por diferentes motivos, como infecção viral, bacteriana, irritação química, ou mesmo reação alérgica. 

A doença pode ter como fatores desencadeantes os ácaros, epitélios de animais, pólen e poeira, por esse motivo acontece na temporada da primavera. Frequentemente, a conjuntivite alérgica está relacionada com a rinite alérgica, e, ao contrário das conjuntivites virais e bacterianas, a alérgica não é uma doença transmissível. 

Assim como todos os tipos de alergias, a conjuntivite alérgica resulta de uma reação do sistema imunológico a certos tipos de corpo estranho que produzem uma reação inflamatória exagerada. 

As principais causas, assim como na asma e rinite alérgica, são substâncias provenientes da poeira, baratas, pelos de animais domésticos, como cães e gatos, gramíneas e pólen. No entanto, nesta doença, os ácaros que estão presentes em travesseiros e colchões são os principais responsáveis pelas crises. 

O incômodo na membrana que cobre o olho, afetado pela conjuntivite alérgica, causa coceira, queimação, olhos vermelhos, inchaço, lacrimejamento e sensibilidade à luz, conhecida como fotofobia, prejudicando assim a visão. Em geral, o tratamento da conjuntivite alérgica é realizado com o uso de colírios, e a doença não costuma deixar sequelas. Para preveni-la, é preciso seguir as seguintes recomendações:

  • evitar produtos de limpeza que tenham fortes odores;
  • encapar travesseiros e colchões com tecidos impermeáveis;
  • não deixar animais de estimação junto com a pessoa alérgica;
  • trocar roupas de cama com frequência;
  • evitar fumaça de cigarro ou poluição;
  • utilizar mobílias de fácil limpeza.

Doenças não-alérgicas comuns na primavera

Além das doenças alérgicas comuns na primavera, algumas outras enfermidades contagiosas e não-alérgicas costumam aparecer com mais frequência durante este período do ano. Por isso, vamos conhecer algumas das principais. 

Catapora

Apesar de não ser uma das doenças alérgicas comuns da primavera, a catapora (ou varicela) costuma aumentar sua frequência de casos durante a primavera. Causada por um vírus, o Varicela-Zoster, a catapora é uma doença extremamente contagiosa, e seu risco de transmissão só acaba quando todas as lesões da pele estiverem na fase de crosta. Entre os sintomas da catapora, estão:

  • coceira;
  • febre alta;
  • pequenas bolhas vermelhas na pele.

Para o tratamento da catapora, realizado por meio de recomendações médicas a fim de aliviar os sintomas durante o ciclo da doença, são utilizados antitérmicos e analgésicos. A recomendação para casos de catapora ainda é que a pessoa ou criança evite coçar e tirar as crostas, além disso, o uso de compressas de água fria, assim como banhos frios, podem ajudar a aliviar a coceira. 

Para prevenir a catapora, a melhor alternativa é tomar a vacina contra o vírus. A vacina faz parte do calendário nacional de imunização, por isso, deve ser realizada em todas as crianças a partir de 1 ano de idade. 

Ao entrar em contato com crianças com catapora ou que tenha suspeita da doença, a criança que não for vacinada deve evitar frequentar escolas, parques, e outros tipos de ambientes aglomerados, evitando maior contágio, pois a doença começa sua transmissão 2 dias após o aparecimento dos primeiros sintomas. O contato de pacientes com varicela ainda deve ser evitado com pessoas que estão com problemas de imunidade. 

Roséola

Conhecida como exantema súbito, a roséola infantil é outra doença que, assim como a catapora, não se tratar de uma manifestação alérgica, mas aparece com mais frequência durante a estação da primavera. Transmitida por secreções das vias respiratórias, a roséola é causada pelo Herpesvírus Humano tipo 6.

Muito contagiosa, a doença costuma se manifestar de 7 a 15 dias após o contágio, provocando no infectado sintomas como febre alta, perda de apetite e também irritabilidade. Após o terceiro dia com febre, os exantemas, erupções cutâneas de cor vermelha, começam a aparecer no tronco, se espalhando por pescoço e membros. 

Para tratar a roséola, o indivíduo faz o uso de medicamentos para alívio dos sintomas, sempre sob orientação médica, como antitérmicos. Por ainda não existir uma vacina contra a doença, não ter proximidade com aqueles que estão infectados é a melhor forma de evitar o contágio.

Sarampo

O sarampo também uma doença não-alérgica que aparece com frequência na primavera. Extremamente contagiosa, é comum na infância e transmitida pelo Morbillivirus. Sua transmissão acontece por meio de secreções nasais e gotículas de saliva presentes na tosse espirro ou fala. 

Entre os sintomas dessa doença estão febre persistentes, irritação nos olhos e nariz, coriza, dores de cabeça, mal-estar, inflamação de vias respiratórias, e manchas avermelhadas que surgem no rosto em direção aos pés. 

Para prevenir o sarampo, a forma mais eficaz é por meio da vacinação. A vacina de sarampo pode ser encontrada em clínicas de vacinação, e impede o desenvolvimento da doença no organismo. 

Além disso, aquele que não é vacinado deve evitar o contato direto com pessoas que estejam doentes, ou que tenham suspeita. O tratamento realizado para o sarampo consiste na utilização de medicamentos para amenizar os sintomas incômodos provocados pela enfermidade.

Principais dúvidas relacionadas à doenças alérgicas da primavera

As doenças alérgicas comuns na primavera ainda despertam certas dúvidas naqueles que a possuem, e também em pessoas que não apresentam nenhuma delas. Por isso, vamos responder algumas delas, afinal, estas dúvidas podem ser as suas também. 

A genética pode influenciar no quadro alérgico?

Quando falamos de pacientes alérgicos, a genética é uma grande influência nesse quadro. Isso porque a doença alérgica tem componentes genéticos e ambientais, fatores que aumentam as chances de desenvolvimento em pessoas com pais que também apresentam algum distúrbio alérgico. 

O excesso de umidade pode ser prejudicial para doenças alérgicas?

É comum que as pessoas fiquem preocupadas quando a umidade do ar está baixa, deixando o clima seco. Afinal, provoca o ressecamento da mucosa respiratória, tornando-nos mais suscetíveis à inflamação. 

Contudo, quando a umidade do ar é alta, também devemos ficar atentos, visto que é com grande umidade que ocorre a proliferação de fungos e ácaros, podendo ocasionar maiores riscos para crises alérgicas. Além disso, ambientes que tendem a ficar fechados, podem favorecer a disseminação de bactérias e vírus, causando doenças. 

Por que não devo utilizar vassoura para a higiene da casa?

Em relação a higiene dos ambientes, o ideal é que não se faça utilizando vassouras. Isso porque o ato de varrer faz com que as partículas de poeira fiquem suspensas no ar por várias horas, piorando os sintomas.
Por esse motivo, é indicado o uso de aspiradores ou panos úmidos para a limpeza. Outro cuidado que deve ter maior atenção é com objetos que possam acumular poeira, como bichos de pelúcia. É importante evitar que eles fiquem no mesmo ambiente da pessoa que possui alguma doença alérgica, e, se possível, que sejam empacotados e guardados. 

Quem são as pessoas que mais sofrem com as doenças alérgicas na primavera?

Ainda que exista presença de pólen e pessoas alérgicas em todos os lugares, estudos apontam que aqueles que mais sofrem com doenças alérgicas na primavera são as pessoas que vivem em grandes centros urbanos, visto que suas queixas são persistentes. A explicação pode estar relacionada a maior quantidade de poluição, tornando o pólen mais agressivo com grandes quantidades de proteína.

As alergias têm cura?

Ainda que as doenças alérgicas comuns na primavera não tenham cura, por serem doenças crônicas, o principal objetivo em seu tratamento é o controle dos sintomas, promovendo uma adequada qualidade de vida para os portadores. 

De qualquer forma, a intervenção com vacinas antialérgicas pode modificar a resposta diante dos alérgenos e, assim, modificar a evolução dessas enfermidades, caminhando no sentido de uma maneira de curar o portador.

No post de hoje você pôde saber mais sobre as doenças alérgicas comuns na primavera, além de conhecer outras enfermidades contagiosas que também estão presentes nesta estação do ano. Fique atento aos sintomas acima e procure um alergista sempre que for preciso!

Este conteúdo foi útil para você? Então, conheça também a diferença entre alergista e alergologista!