Você conhece a diferença entre obesidade e desnutrição? E a relação entre elas? Diferente do que se imagina, essas doenças nutricionais podem estar relacionadas devido a problemas alimentares e também com outros motivos.
De acordo com dados da pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, quase 20% dos brasileiros sofrem com obesidade. Contudo, essa não é a única preocupação, visto que uma parte dessa população também é afetada pela desnutrição. Para entender melhor este assunto, confira a seguir a diferença entre obesidade e desnutrição, como essas doenças estão relacionadas e qual profissional procurar para o tratamento.
Diferença entre obesidade e desnutrição
A princípio, é comum pensarmos que só existe diferença entre obesidade e desnutrição. No entanto, ambas doenças estão relacionadas com a qualidade de vida do indivíduo. Confira a diferença entre obesidade e desnutrição.
O que é obesidade?
A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, contendo múltiplos fatores causais. Entre eles, estão a alimentação com excesso de calorias e desequilíbrio de nutrientes e baixo nível de atividades físicas. Além disso, a obesidade também pode ser causada por problemas endocrinológicos.
O que é desnutrição?
Já a desnutrição é caracterizada pelo estado patológico causado pela falta de ingestão ou absorção de nutrientes no corpo. Estar desnutrido não significa não ter acesso aos alimentos em quantidades suficientes.
Essa condição é definida pelo desequilíbrio entre a ingestão e capacidade de absorção correta do organismo para nutrientes essenciais. Em pessoas com obesidade, isso ocorre devido à alimentação inadequada, muitas vezes combinando micronutrientes, como vitaminas e minerais, com a ingestão de antinutrientes, como o glúten.
A carência desses nutrientes pode afetar adultos e crianças, envolvendo a falta de vitaminas do complexo B, vitamina A, ácido fólico e selênio, por exemplo. Visto que boa parte das pessoas obesas possuem uma dieta inadequada, ao ingerir grande quantidade de alimentos pobres em nutrientes no lugar de verduras, frutas e grãos integrais, ainda que exista diferença entre obesidade e desnutrição, a relação entre elas se torna cada vez mais comum.
Os micronutrientes participam do metabolismo energético e produção de insulina. Por isso, apresentam grande influência no aumento e diminuição do peso. Estudos demonstram que a deficiência de minerais, vitaminas e ácidos graxos essenciais dificulta a diminuição de peso, além de favorecer o ganho de gordura corporal.
Desse modo, a obesidade e desnutrição acabam se relacionando. Contudo, para que sejam associadas a um quadro patológico, é importante buscar o acompanhamento médico para realização de exames laboratoriais.
Relação da obesidade e desnutrição
Após entender a diferença entre obesidade e desnutrição, é hora de conhecer melhor a relação entre elas. Como principal característica entre elas, podemos citar que ambas contam com condições que aumentam o risco de desenvolvimento de doenças graves.
A obesidade é normalmente causada pelo excesso de alimentos, principalmente aqueles com alto teor de açúcar refinado e gordura, associado a uma vida sedentária. Além disso, pode ser causada por doenças endocrinológicas, na maioria das vezes, podem também surgir doenças relacionadas à obesidade, como diabetes, hipertensão arterial, altos níveis de colesterol, entre outros.
Na desnutrição, ainda que o indivíduo esteja no peso adequado para seu perfil, também podem estar presentes outras complicações de saúde, resultado da falta do consumo adequado de fibras, vitaminas, proteínas e minerais. Da mesma forma, a falta de ferro, por exemplo, afeta o sangue, desenvolvendo a anemia.
A obesidade e desnutrição também têm hábitos alimentares em comum. Além do comportamento automático que pode ser observado, resultado da cultura, influência de marketing industrial, vida atarefada, problemas com autoestima e baixa renda.
Em alguns casos, ao serem identificados os problemas, é importante buscar as alternativas que estão ao alcance para tratar a obesidade e desnutrição, como controle de peso com um médico endocrinologista, dieta adequada e equilibrada, adoção de hábitos saudáveis, e acompanhamento psicológico, buscando a reconstrução de aspectos positivos relacionados à autoestima.
Maus hábitos que contribuem para o ganho de peso
É importante entender que a obesidade e a desnutrição podem apresentar diferentes causas, e nem sempre estão relacionadas ao consumo excessivo de comida. Existem outros fatores para o desenvolvimento dessas doenças
Dessa forma, para diagnosticar e tratar de forma correta tais problemas, é importante contar com acompanhamento profissional. A seguir, confira os principais hábitos que contribuem para o ganho de peso.
Alimentação inadequada
Os comportamentos alimentares sofreram uma drástica mudança nos últimos anos. O contato com alimentos industrializados há alguns anos aumentou entre as crianças, afastando-as de uma alimentação saudável e mais natural, seja por motivos financeiros, familiares, ou outros.
O exagerado consumo de gorduras e açúcares causa mudanças na produção de hormônios ligados ao prazer, como, por exemplo, a dopamina. Dessa maneira, o processo de compulsão alimentar se inicia, levando à obesidade infantil e perpetuando em um adulto obeso.
Sedentarismo
Junto às mudanças alimentares, podemos observar mudanças em relação às atividades físicas. Com o aumento da violência, jornadas intensas de trabalho, e avanço da tecnologia, muitos adultos deixaram de praticar esportes e atividades, principalmente ao ar livre. Como substituição, a população aumentou o tempo diante de telas de TV, smartphone e computadores, ações que aumentam o sedentarismo e diminuem o gasto calórico.
Ansiedade e depressão
Problemas envolvendo a saúde mental, como ansiedade e depressão, podem alterar o comportamento do indivíduo. Dessa forma, compulsões alimentares podem ser desenvolvidas, além da diminuição da vontade de praticar atividades, levando a obesidade e sedentarismo.
Fatores genéticos e hormonais
Além das causas acima, fatores genéticos e hormonais podem estar relacionados ao desenvolvimento da obesidade. Quando uma criança tem pais obesos, as chances de ser obesa podem ser de até 80%.
Como reduzir os índices de obesidade
Além dos problemas causados pelo excesso de peso, o indivíduo com obesidade também pode desenvolver desnutrição, com uma dieta pobre em nutrientes, tornando-se assim, mais propenso a diferentes tipos de infecções devido ao enfraquecimento do sistema imunológico.
Por esse motivo, cada vez mais são investigadas ações que possam ajudar na reeducação alimentar, de modo a diminuir a incidência da obesidade. Especialistas afirmam que investir na educação alimentar é uma forma de evitar gastos médicos no futuro, diminuindo o risco para o desenvolvimento de doenças graves.
As intervenções para resolver o problema de maneira precoce têm custo mais baixo que o tratamento das consequências da obesidade e desnutrição quando consideramos as despesas com remédios e internações hospitalares.
Conforme a pesquisa Overcoming obesity: An initial economic analysis, feita pela consultoria McKinsey Global Institute, a obesidade causa um prejuízo equivalente a 2,4% do PIB nacional no Brasil, um valor em torno de R$110 bilhões.
Por isso, é fundamental que programas de iniciativas de prevenção sejam realizados, de modo a organizar ações de medicina preventiva e promoção à saúde que ajudem a reduzir os índices de obesidade e desnutrição. Isso tudo realizado por meio de informação e acompanhamento profissional especializado.
Programas como esses devem ser feitos com o auxílio de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, nutricionistas, psicólogos e enfermeiros. Entre as ações que devem ser criadas, devem estar avaliações metabólicas, exames clínicos, exames antropométricos, assim como palestras e workshops para instruir a população sobre as boas práticas alimentares, a diferença entre a obesidade e desnutrição, e como elas também podem estar associadas.
Como se identifica um quadro de obesidade e desnutrição
Quando falamos que um indivíduo está acima ou abaixo do peso, assim como em seu peso normal, é importante considerar o contexto de saúde e doença. Da mesma forma, é necessário avaliar a pessoa em relação a sua altura, idade e peso corporal.
Isso é, uma pessoa obesa de 20 anos é diferente de um obeso de 50 anos. Por isso, esses detalhes devem ser considerados para que as orientações adequadas sejam obtidas. O exame físico, conhecido como IMC (Índice de Massa Corporal), é uma avaliação que permite identificar a categoria de obesidade do indivíduo. Nessas categorias, a pessoa pode ser classificada como:
- em baixo peso;
- em peso saudável;
- em risco de excesso de peso;
- em excesso de peso.
Por isso, para que se possa identificar de forma adequada a obesidade e desnutrição, é muito importante buscar ajuda de um profissional especializado. Desse modo, é possível realizar exames e obter o diagnóstico correto, assim como o tratamento eficaz.
Dicas de hábitos saudáveis para evitar a obesidade e desnutrição
A principal forma de evitar a obesidade e desnutrição é, sem dúvidas, a mudança no estilo de vida do indivíduo. Por isso, é fundamental que se tenha orientação nutricional e orientação para o aumento da atividade física e pequenas mudanças na rotina, inserindo hábitos que tragam inúmeros benefícios, e evitando aqueles que são nocivos à sua saúde. A seguir, confira algumas dicas de hábitos saudáveis que podem ajudar a evitar a obesidade e desnutrição.
Atividades físicas
A prática de atividade física é recomendada como uma das principais formas de manter a saúde. A prática de atividades contribui para aumentar a força, melhorar a performance cardiovascular, promover melhorias nos fatores de risco, como a obesidade, aumentar a flexibilidade, melhorar a sensibilidade periférica à insulina, os níveis de pressão arterial, e ainda promove o aumento dos níveis de HDL, ou seja, o colesterol bom.
Além dos benefícios conhecidos, os exercícios físicos ajudam no controle da pressão arterial, reduzindo o peso corporal, uma das causas da hipertensão. As atividades mais indicadas são as aeróbicas. Por isso, é importante iniciar a prática devagar, com 30 a 45 minutos por dia, de 3 a 5 dias por semana.
Baixo consumo do sal
O excesso de sal apresenta impacto direto na pressão arterial, condição que muitas vezes está relacionada à obesidade. Por isso, é preciso ter cuidado não só no uso durante o preparo de alimentos, mas também no consumo de conservas, alimentos embutidos, processados, refrigerantes, temperos prontos, e mais. É importante dar preferência para alimentos naturais e saudáveis, como frutas, legumes, verduras, cereais e carnes magras.
Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas
Outra mudança que deve ser adotada para prevenir a obesidade, desnutrição e suas complicações é o consumo de bebidas alcoólicas em excesso. Portanto, é preciso diminuir ou mesmo eliminar o consumo de álcool.
Abandono do cigarro
A nicotina é um dos elementos responsáveis por diversas complicações, principalmente em indivíduos obesos, desnutridos, diabéticos e hipertensos. Além disso, o cigarro conta com inúmeras substâncias que afetam a saúde.
Controle do estresse
O estresse é um dos responsáveis por desencadear diversas doenças, além de causar complicações em algumas pré-existentes. Dessa forma, é necessário respeitar seus limites. Para isso, não pule os períodos de descanso, tenha um sono de qualidade, reserve um tempo para o lazer e cuide da saúde mental.
Fortalecer o sistema imunológico
Nosso organismo é formado em sua maioria por água, representando 70% de nosso corpo. É ela a responsável por manter o equilíbrio de nossas funções biológicas, por isso, é fundamental a hidratação para o bom funcionamento e fortalecimento do sistema imunológico. O ideal é ingerir, no mínimo, 2 litros de água por dia, intensificando essa quantidade ao praticar exercícios.
Ter um sono de qualidade
Para ter energia suficiente na jornada diária e atividades físicas, é fundamental ter um sono de qualidade. Além disso, estudos afirmam que pessoas que não dormem bem apresentam maior dificuldade para perder peso.
Por isso, uma noite de sono tranquila em quantidade adequada é fundamental para que o corpo tenha todo descanso necessário. Um adulto deve dormir pelo menos 7 horas de sono por noite para manter seu sistema imune funcionando bem.
Procure um endocrinologista
De acordo com dados da pesquisa Vigitel, entre os anos de 2006 e 2018, a taxa de obesidade aumentou de 11,8% para 19,8% no Brasil. Essa condição representa grande risco para a saúde e costuma ser acompanhada por outras consequências graves, como a desnutrição, doenças cardiovasculares, problemas ortopédicos, doenças reumatológicas, e também distúrbios endocrinológicos.
Com a função de descobrir quais alterações em glândulas e hormônios podem causar problemas no organismo e tratá-las, o endocrinologista busca devolver ao paciente a saúde, bem-estar e qualidade de vida.
Um único distúrbio no organismo é capaz de desenvolver diversas doenças que variam entre leves e graves, como hipotireoidismo, hipertireoidismo, diabetes e mesmo a obesidade, visto que as alterações impedem que essa pessoa consiga perder peso.
É neste tipo de situação que o endocrinologista atua, auxiliando para que o paciente compreenda quais são os distúrbios hormonais presentes em seu organismo, tratando-os e ajudando no emagrecimento e promoção da saúde.
O tratamento das doenças que estão relacionadas às alterações de glândulas e hormônios costumam variar de acordo com causa e consequência. Portanto, o especialista tem como papel a avaliação da origem desse problema, considerando ainda o perfil de cada pessoa e o risco de complicação.
Para algumas situações, a reposição hormonal pode ser indicada, em outras, pode ocorrer a remoção de uma glândula afetada. O fato é que na endocrinologia, a desordem hormonal pode ser desencadeada também pela interferência de outros medicamentos.
Em casos como esses, o tratamento deve ser revisto para evitar riscos maiores à saúde do indivíduo. Para pacientes que não apresentam resultados desejados em tratamentos convencionais, as infusões medicinais podem ser utilizadas.
Para saber como o endocrinologista pode ajudar a emagrecer é preciso também conhecer as alterações que impedem o organismo de realizar seu funcionamento normal. Por isso, realizar um atendimento o quanto antes é a melhor forma de alcançar um diagnóstico precoce, assim como o tratamento.
Clínica Croce de endocrinologia
Localizada na zona oeste de São Paulo, a Clínica Croce atua há mais de 40 anos com excelência, descobrindo novos diagnósticos e realizando tratamentos multidisciplinares em especialidades como endocrinologia, reumatologia, imunologia e alergia, e em otorrinolaringologia.
Em sua equipe de profissionais especializados no sistema endocrinológico, a Croce conta com médicos conceituados que atuam em instituições respeitadas como USP e UNIFESP. Seu corpo clínico conta com endocrinologistas, endocrinologistas pediátricos, alergistas, imunologistas, reumatologistas e mais profissionais que tornam a equipe multidisciplinar, permitindo que patologias raras sejam observadas de forma integral, a fim de um diagnóstico e tratamento precoce.
Além disso, a Clínica Croce propõe a seus pacientes um atendimento humanizado e individual, contando com equipamentos e tratamentos inovadores e atualizados, assim como a infusão de medicamentos.
Essa terapia avançada para pessoas com doenças crônicas permite a administração de medicações de forma eficaz, prezando melhores resultados para diferentes patologias, aumentando as chances em casos graves e complexos.
Por fim, a Clínica Croce se destaca ainda por sua parceria com grande parte dos planos de saúde atualmente disponíveis no mercado, como Allianz, Amil, Bradesco, Careplus, Mapfre Saúde, Petrobras, Porto Seguro, Saúde Caixa, SulAmérica, Unimed, e mais.
Agora que você conhece a diferença entre obesidade e desnutrição, e entendeu como elas podem estar relacionadas, não deixe de cuidar da sua saúde. Faça já seu agendamento na Clínica Croce de Endocrinologia!