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Surto de meningite: saiba o que é e como se prevenir

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Na cidade de São Paulo, a Secretaria Municipal da Saúde vacinou mais de 30 mil pessoas para conter o surto de meningite. Os indicados a receber a imunização foram moradores, estudantes e trabalhadores da zona oeste em um perímetro de 3 km na região onde foram identificados casos da doença, no início de setembro.

Para entender melhor a transmissão, causas, sintomas, formas de tratamento e prevenção do surto de meningite, continue acompanhando as informações que disponibilizamos neste conteúdo!

O surto de meningite em São Paulo

Somente neste ano, a cidade de São Paulo registrou ao menos 10 mortes causadas pela meningite, levando a prefeitura a reforçar a necessidade de vacinação entre crianças e adolescentes. 

Além das 10 mortes, o surto de meningite causou outros 58 casos na cidade. De acordo com a prefeitura, trata-se de casos isolados, que não caracterizam surtos e que não apresenta relação com o surto localizado nos distritos da Vila Formosa e Aricanduva, região onde foram registrados cinco casos da meningite meningocócica do tipo C.

A vacina imunizante contra a meningite meningocócica C faz parte do calendário de imunização, e deve ser aplicada em bebês de 3, 5 e 12 meses. Já a vacina contra a meningite ACWY, é atualmente aplicada em crianças na faixa etária de 11 a 14 anos.

De acordo com a prefeitura de São Paulo, como forma de conter o surto de meningite, a vacinação foi ampliada no dia 19 de setembro também para adolescentes de 13 a 14 anos, até junho de 2023, segundo definições do Programa Nacional de Imunizações. 

O que é a meningite?

A meningite é uma condição responsável por provocar a inflamação das meninges, membranas que envolvem a medula espinhal e cérebro. A meningite apresenta alta incidência, por isso, avalia-se o surgimento de novos casos todos os anos.

Essa preocupação leva o Ministério da Saúde a considerar a meningite uma doença endêmica no Brasil, com ocorrência ocasional de surtos e epidemias. A meningite é mais comum em crianças, especialmente as menores de cinco anos. Contudo, a doença também ocorre em adultos em diversas situações, e pode ser causada por diferentes motivos.

Tipos de meningite 

O surto de meningite pode ocorrer em diferentes tipos, visto que essa condição apresenta algumas subcategorias com fatores causadores variados, sendo as mais comuns a viral, bacteriana, fúngica, parasitária e asséptica.

Meningite viral

A meningite viral é o tipo mais comum e também o menos grave da doença. Ela atinge pessoas normalmente no período entre o final do verão e o começo do outono, e pode ser transmitida por:

  • saliva;
  • sexo sem proteção;
  • vias respiratórias;
  • objetos contaminados.

A meningite herpética é um dos subtipos da meningite viral, e ocorre com o agravamento da doença viral causadora da herpes. Além disso, outros vírus associados ao surto de meningite viral são o do sarampo (morbilivírus), caxumba (paramyxovirus), adenovírus, arbovírus e enterovírus.

Infecção meníngea bacteriana

As meningites bacterianas apresentam maior gravidade, evoluindo rapidamente para complicações e casos mais severos, dessa forma, podem ser fatais. As bactérias são as principais causadoras da meningite aguda.

Entre as mais conhecidas estão a mycobacterium tuberculosis, responsável pela meningite tuberculosa, e a meningococo B, causadora da meningite B, uma das formas mais letais dessa doença.

No entanto, o surto de meningite bacteriana mais temido é o relacionado a meningite meningocócica, ou meningite C, causada pela neisseria meningitidis, bactéria que pode ser facilmente disseminada entre as pessoas contaminadas.

Meningite fúngica

A meningite fúngica apresenta menor incidência, entretanto, pode ser preocupante por causar quadros crônicos no indivíduo. Esse subtipo acontece normalmente quando o sistema imune está comprometido, como em pessoas com câncer, HIV e outras condições que exigem tratamentos com imunossupressores.

A manifestação da meningite fúngica pode evoluir em vários dias, exigindo tratamento prolongado e, ainda assim, podendo deixar sequelas no paciente. A transmissão dessa doença ocorre pela inalação de fungos, e diferente das outras, não pode ser transmitida de pessoa para pessoa.

Na maioria dos casos, o fungo causador é do gênero cryptococcus, presente no solo, árvores e fezes de animais. Como resultado, ocorre uma micose sistêmica, manifestando-se como uma infecção oportunista de alta morbidade e mortalidade.

Meningite parasitária

Ao ser detectada por causas parasitárias, a meningite é associada ao angiostrongylus cantonensis, microorganismo responsável pela meningite eosinofílica. Esse parasita infesta animais como caranguejos, camarões, lesmas e caramujos.

A transmissão da meningite parasitária em humanos pode ser causada pelo contato com esses moluscos, crustáceos, ou mesmo pelo consumo de alimentos infectados. A doença é do tipo mais branda, mas pode variar de acordo com cada quadro. Os sintomas podem durar de dias até meses.

Meningite asséptica

Por fim, a meningite asséptica é a inflamação provocada pela presença de agentes infecciosos. A doença ocorre devido a patologias crônicas ou consumo de algumas drogas. No entanto, é mais comum que aconteça após um traumatismo, como uma pancada forte na região das meninges.

O que causa a meningite?

O surto de meningite pode ser causado por diferentes agentes, como vimos anteriormente. Entre eles, os vírus são os mais comuns e também os que apresentam casos com menor gravidade. 

Diferente das meningites virais, que não apresentam forma de prevenção, a meningite bacteriana, causada por bactérias, pode ser evitada por meio da imunização, como veremos adiante. 

A meningite meningocócica é um dos principais subtipos dessa inflamação quando desenvolvida por bactérias. Ela pode ocorrer por diferentes sorotipos do microorganismo meningococo, como A, B, C, W e Y. Atualmente, todos eles podem ser prevenidos por meio da vacinação.

Além disso, outras bactérias que podem provocar a meningite são o streptococcus pneumoniae e haemophilus influenzae tipo B, que também podem ser evitados por meio de vacinas. Os fungos também são microrganismos que podem causar a inflamação das meninges, sendo tão agressivo quanto as bactérias. No entanto, esse é um dos quadros mais raros da doença. 

A meningite causada por parasitas não é transmissível de pessoa para pessoa, assim como a que ocorre devido a fungos. Para que a doença seja causada, o indivíduo deve ingerir produtos ou alimentos que estejam contaminados com a forma ou fase infecciosa do parasita.

Quais são os sintomas? 

Os sintomas da meningite podem variar de acordo com a faixa etária da pessoa com a doença. Crianças menores de 2 anos podem apresentar sinais variados, como sonolência, irritabilidade, febre e falta de apetite. A partir dessa idade, outros indicadores podem aparecer em diferentes intensidades, mudando de acordo com a doença. De maneira geral, os sintomas da meningite incluem:

  • dores de cabeça intensas;
  • náuseas;
  • vômito;
  • febre alta e repentina;
  • confusão mental;
  • mal-estar generalizado;
  • sensibilidade à luz;
  • falta de apetite;
  • Manchas vermelhas na pele;
  • sonolência excessiva;
  • convulsões.

Como a meningite é transmitida? 

Cada forma da meningite pode apresentar diferentes maneiras de transmissão. Confira a seguir, como a meningite bacteriana, viral e fúngica, podem ser ou não transmitidas de uma pessoa para outra.

Meningite Bacteriana

A meningite bacteriana, causada por bactérias como a neisseria meningitidis, pode ser transmitida de uma pessoa para a outra por meio de secreções da boca, nariz e garganta, como gotículas, presentes em vias respiratórias. 

Contudo, outras bactérias podem espalhar-se por meio dos alimentos. Algumas pessoas podem carregar esses microrganismos dentro ou sobre o corpo sem apresentar a doença, conhecidos como portadores. Ainda que não adoeçam, são responsáveis por propagar as bactérias para outros indivíduos.

Meningite Viral

As meningites virais podem ser transmitidas de diferentes formas, dependendo do vírus responsável pela inflamação. Os vírus da família dos arbovírus, por exemplo, podem ser transmitidos por meio da picada de mosquitos contaminados. 

Já na família do enterovírus, a contaminação se dá por sistema fecal-oral. Ou seja, o vírus pode ser transmitido pelo contato com uma pessoa infectada. Por isso, a higienização das mãos é fundamental também para a prevenção de doenças como a meningite. 

É importante higienizar as mãos sempre que tocar em objetos ou superfícies, antes e após levá-las aos olhos, nariz e boca. Além disso, a higienização de alimentos crus também deve ser realizada, visto que podem conter esse tipo de vírus.

Meningite fúngica 

A meningite fúngica é adquirida por meio da inalação de esporos, pequenos pedaços de fungos que penetram nos pulmões e podem chegar até as meninges. Alguns fungos podem estar em solos ou ambientes contaminados com excrementos de animais, como pássaros ou morcegos. Desse modo, a meningite fúngica não é transmitida de pessoa para pessoa.

Como a meningite é diagnosticada?

O surto de meningite é preocupante visto que, além do risco de morte, a meningite também pode causar sequelas graves quando não tratada adequadamente. Isso porque, a inflamação atinge o cérebro e a medula espinhal, áreas sensíveis e fundamentais no organismo.

A atenção aos sintomas é uma das principais formas de realizar o diagnóstico adequado, sendo investigados diante das menores suspeitas. A automedicação deve ser evitada, visto que, ainda que ofereça alívio imediato para alguns sintomas, pode mascarar sinais severos que ajudem no diagnóstico. 

Diante da suspeita de meningite, alguns exames de rotina podem ser solicitados para sua investigação, entre eles estão a cultura de liquor, sangue, fezes ou petéquias. Um importante indicativo da meningite é o aspecto do líquor, que se torna mais turvo em processos infecciosos devido ao aumento de elementos figurados. Além disso, também podem ser realizados: 

  • bacterioscopia direta do liquor;
  • exame quimiocitológico do liquor;
  • aglutinação pelo látex;
  • contra-imunoeletroforese cruzada – CIE;

Quando for identificado o agente causador específico, seja no liquor ou no sangue, o médico poderá desenvolver e iniciar o tratamento mais apropriado para o caso. 

Tratamentos para meningite 

Os casos em que há suspeita de meningite, seja ela de qualquer tipo, são internados em hospitais, por se tratarem de um quadro clínico grave. Por isso, ao suspeitar de um caso, é de extrema urgência buscar avaliação médica em um pronto-socorro hospitalar. 

Meningites bacterianas 

As meningites causadas por bactérias estão entre as mais graves, e são tratadas em ambiente hospitalar. A terapia envolve o uso de antibióticos, com medicamentos como vancomicina, oxacilina e penicilina G de acordo com a prescrição médica.

Meningites Virais

As meningites virais, mais comuns entre a doença, não são tratadas com medicamentos antivirais. De forma geral, o indivíduo com suspeita é internado e monitorado quanto a sinais de maior gravidade, recuperando-se de forma espontânea. Alguns vírus, como o da herpes e da Influenza, podem causar meningite, sendo assim necessário o uso de medicamento antiviral específico. 

Meningites Fúngicas

O tratamento das meningites fúngicas é o mais longo entre os diferentes tipos da doença. Com altas e prolongadas doses de medicação antifúngica, escolhida de acordo com o fungo identificado no organismo do paciente, a resposta a esse tratamento está ligada diretamente ao quadro de imunidade da pessoa.

Por esse motivo, indivíduos com histórico médico de diabetes, câncer, e outras doenças imunossupressoras como o HIV, devem ser tratados com extremo cuidado pela equipe médica.

Meningites causadas por parasitas

Meningites causadas por parasitas são tratadas com medicamentos contra a infecção e para alívio dos sintomas. Em casos como esse, é comum a ocorrência de dores de cabeça e febre. Desse modo, o médico também prescreve medicações que ajudam a aliviar o desconforto.

Há formas de prevenção para a meningite?

A meningite é uma doença que pode ser tratada, evitando sequelas e complicações graves ao ser diagnosticada de forma precoce. Além disso, alguns casos da doença podem ser evitados por meio de práticas preventivas.

De maneira geral, algumas medidas primárias são recomendadas, como a vacinação e quimioprofilaxia, direcionadas aos diferentes agentes causadores da meningite. De acordo com o Ministério da Saúde, o calendário do Programa Nacional de Imunização conta com as vacinas para meningite. Confira as opções disponíveis de acordo com o Ministério da Saúde:

  • vacina meningocócica conjugada sorogrupo C: protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C;
  • vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite;
  • pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B;
  • BCG: protege contra as formas graves da tuberculose.

A quimioprofilaxia medicamentosa é indicada para aqueles que tiveram contato com uma pessoa com suspeita de meningite meningocócica ou haemophilus influenzae. Assim, a vigilância epidemiológica local deve acompanhar a equipe médica durante a aplicação dessas substâncias, garantindo a prevenção do indivíduo.

A vacinação ainda é a forma mais importante de evitar o surto de meningite. De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), as opções de imunização disponíveis contra os tipos A, B, C, W e Y de meningococo são eficazes e seguras. Por esse motivo, a vacinação é fundamental.

Clínica Croce de Vacinação

A rede pública de vacinação disponibiliza a vacina contra a meningite C. Portanto, é importante buscar clínicas de vacinação, como a Clínica Croce, para obter a vacina conjugada ACWY, recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), assim como a vacina meningocócica B, encontrada somente em clínicas privadas.

A Clínica Croce disponibiliza o serviço de aplicação de vacinas a domicílio, realizado já há algum tempo antes mesmo da pandemia. Pensando no conforto, praticidade, e agora mais do que nunca na proteção do próximo, a clínica leva o serviço de vacinação até casas, apartamentos, condomínios, escolas e empresas. 

Uma enfermeira é responsável por realizar no local em que a vacina foi solicitada uma avaliação das carteiras de vacinação, tirando dúvidas e ajudando na identificação das vacinas que eventualmente possam estar em falta segundo o calendário. E claro, com todas as medidas de segurança recomendadas pela Organização Mundial da Saúde. 

A clínica então organiza uma campanha de vacinação que poderá ser realizada de acordo com as datas e horários mais convenientes para os solicitantes. Essa alternativa é fundamental para que populações que convivam em grupo não tenham sua saúde prejudicada pelo isolamento social, evitando doenças potencialmente graves como meningites bacterianas, caxumba, herpes zóster, gripe H1N1, hepatites e outras, por meio da aplicação de vacinas a domicílio.

Além de seu sistema de aplicação de vacinação em casa, a Clínica Croce é referência em vacinas na região em que está localizada e conta com uma equipe médica renomada, com especialistas da USP e UNIFESP. A empresa oferece o que há de melhor em áreas como Imunologia, Endocrinologia, Alergologia, Reumatologia, e Endocrinologia Pediátrica.

Com os mais avançados serviços e ferramentas tecnológicas, a clínica oferece meios para diagnóstico e tratamento de doenças alérgicas, com corpo clínico multidisciplinar de alto nível técnico e científico.

Você pôde conferir mais detalhes sobre o surto de meningite, como essa doença pode ocorrer, seus principais agentes causadores, formas de diagnóstico, tratamento e maneiras de prevenção. Não deixe a imunização de lado. Entre em contato conosco e garanta a cobertura total contra os causadores da meningite. Você pode agendar seu horário sem sair de casa!