fbpx

Qual a relação entre a dermatite atópica e o fator psicológico?

A dermatite atópica, doença alérgica crônica que afeta entre 2% a 8% da população adulta, tem acometido cada vez mais pessoas em todo o mundo. Essa inflamação tem como característica a coceira intensa e vermelhidão da pele, e pode ter diferentes causas. Entre elas, o fator psicológico desenvolve papel importante. Afinal, o estresse e a ansiedade podem provocar piora no quadro, aumentando os sintomas. Quer saber mais sobre a relação da dermatite e o fator psicológico? Continue a leitura conosco!

Quais as causas da dermatite atópica?

As causas da dermatite atópica ainda não são completamente conhecidas. Contudo, sugere-se que a predisposição genética e o histórico familiar estejam relacionados ao surgimento da doença. Estudos apontam que, quando ambos os pais apresentam a doença, os filhos têm 70% de possibilidade de desenvolverem a dermatite. Desse modo, o principal fator de risco para inflamação é o histórico pessoal ou familiar de eczema, alergias ou até asma. No entanto, outros fatores também podem contribuir para o surgimento da dermatite atópica, como:

  • alergia a pólen, mofo, ácaros ou a pelo de animais; 
  • composições químicas adicionadas a loções e sabonetes; 
  • contato com detergentes e produtos de limpeza em geral; 
  • baixa umidade do ar; 
  • contato com roupas de lã e de tecidos sintéticos; 
  • frio intenso; 
  • calor excessivo e transpirações; 
  • poluição;
  • estresse emocional, entre outros. 

Qual a relação entre a dermatite atópica e o fator psicológico?

Além da predisposição genética e outras causas, pesquisas afirmam que, boa parte dos problemas de pele, como a dermatite, podem ser desencadeados por fatores psicológicos e emocionais. Conforme a Associação Bahiana de Medicina (ABM), 30% dos problemas de pele ocorrem quando o sistema imunológico reage para proteger o organismo de um estresse que tem como causa fatores psicoemocionais.

Fatores emocionais e psicológicos podem agravar a doença?

Os fatores psicológicos e emocionais agravam a dermatite atópica devido a reação ao estresse e ansiedade, aumentando os níveis de adrenalina e noradrenalina. Do mesmo modo, a liberação de cortisol, hormônio produzido em situações de estresse, pode afetar a pele por meio de processo inflamatório a longo prazo. Dessa forma, associa-se o estresse, depressão e ansiedade aos sintomas e agravamento da dermatite.

Como tratar a dermatite atópica?

Sem o tratamento para conter os sintomas, a dermatite atópica pode agravar-se, visto que as feridas na pele, que muitas vezes descamam devido à coceira intensa, são a entrada de bactérias. Ainda que a dermatite seja uma condição crônica sem cura, é possível controlar e aliviar os sintomas por meio de tratamentos específicos e cuidados adequados. 

Pomadas

 O uso de pomadas faz parte do tratamento para dermatite atópica. Isso porque, de modo geral, elas podem ajudar a manter a pele hidratada, selando a umidade do local, estimulando a cicatrização das lesões e trazendo alívio para a coceira. Para isso, o uso deve ocorrer ao menos duas vezes ao dia, sempre após o banho ou conforme a orientação específica do seu médico.

Existem diversas pomadas para dermatite no mercado. Os modelos contam com diferentes veículos e níveis de potência. Entretanto, seu uso deve ocorrer somente com prescrição médica, de modo a evitar efeitos colaterais, a atrofia da pele e reações alérgicas a determinadas substâncias. Ainda, os produtos com corticoide, com o uso prolongado, podem levar ao surgimento de problemas como hipertensão, diabetes e osteoporose.

Acompanhamento psicológico e rede de apoio

O tratamento deve envolver também acompanhamento psicológico, visando cuidar da saúde emocional e, consequentemente, diminuir a intensidade e frequência dos sintomas.  Além disso, o acolhimento e a rede de apoio de família, amigos e colegas de trabalho é um suporte fundamental para amenizar os impactos da dermatite na saúde mental. 

Infusão de medicamentos

Por fim, a infusão de medicamentos na dermatite atópica é uma terapia que visa o controle da coceira, reduzindo a inflamação da pele e prevenindo que as crises ocorram. Quando estão presentes infecções secundárias, o tratamento inclui antibióticos tópicos ou orais. A terapia acontece de forma individualizada após avaliação de um especialista. 

Entre os medicamentos mais comuns na infusão para dermatite atópica estão imunossupressores e anti-histamínicos. A fototerapia também pode ser uma opção de tratamento. Assim, as infusões de imunobiológicos, são uma opção para casos mais graves e que não apresentam resposta ao tratamento convencional.

Esse tipo de medicamento pode ser uma alternativa para indivíduos que sofrem com efeitos colaterais que tem como causa os tratamentos convencionais. Outra vantagem dos imunobiológicos é a prevenção de hospitalizações e visitas de emergência causadas por complicações da dermatite e comorbidades.

Você pôde entender melhor a relação da dermatite atópica com o fator psicológico. Além disso, conferiu como o tratamento exige uma abordagem multidisciplinar, que envolva não só o uso de medicamentos e substâncias tópicas para cuidar das lesões. Mas também, a importância do acompanhamento psicológico, evitando que as crises ocorram.

Quer saber mais sobre a doença? Confira nosso SCORAD, a Calculadora SCORing de Dermatite Atópica, que permite avaliar a intensidade da dermatite atópica!