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Dermatite atópica: como identificar?

A dermatite atópica é uma condição crônica e hereditária que provoca inflamação e coceira na pele. Surge com mais frequência na infância e persiste durante a vida adulta com sintomas que incluem coceira intensa, vermelhidão, pele seca e erupção cutânea. Para saber como identificar a dermatite atópica, suas causas e tratamento, acompanhe a leitura!

O que é dermatite atópica?

Também chamada de eczema atópica, é um processo inflamatório, crônico e não contagioso. Comumente pode associar-se a outras doenças alérgicas, como asma, bronquite ou rinite alérgica. A dermatite é uma condição com períodos de remissões e exacerbações. Conforme dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)  atinge 7% da população adulta e 25% das crianças. Geralmente, inicia-se antes dos 5 anos.

A dermatite atópica apresenta três fases clínicas:

  • Dermatite atópica aguda: com lesões avermelhadas e edematosas que podem apresentar erupções vesiculares (bolhas);
  • Dermatite atópica subaguda: com placas secas, escamosas e eritematosas;
  • Dermatite atópica crônica: com coceira intensa, levando a lesões cutânea secas e rígidas;

O que causa a dermatite atópica?

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As causas da inflamação ainda não são um consenso na comunidade médica. Contudo, sugere-se estar associada a uma predisposição genética, tendo o histórico familiar grande relação com o surgimento da doença. Assim, tem-se que o principal fator de risco para dermatite atópica é o histórico pessoal ou familiar.

Entretanto, outros fatores podem contribuir para o aparecimento da dermatite atópica, como alergia ao pólen, mofo, ácaros, pelo de animais, composições químicas, contato com produtos de limpeza em geral, baixa umidade do ar, contato com tecidos, frio intenso ou calor excessivo, transpiração, poluição, estresse emocional, entre outros.

Como são os sintomas?

Os sintomas da dermatite são característicos de um processo inflamatório da pele. Ou seja, pele ressecada, lesões avermelhadas, coceira intensa, especialmente no período noturno e pele rachada escamosa. Além disso, estão presentes bolhas, inchaço, infecções na pele, feridas abertas com crostas, escurecimento da pele e cicatrizes. Em crianças e bebês, esses sintomas costumam manifestar-se no rosto e couro cabeludo. Já em adultos e idosos, em joelho e cotovelo. No entanto, outras áreas podem apresentar manifestações, como mãos, pés, tornozelos, pulsos, pescoço, peito e pálpebras.

Como identificar a dermatite atópica?

A dermatite atópica é uma condição que pode comprometer a qualidade de vida do indivíduo. Afinal, seus sintomas são incômodos e dolorosos, e a coceira intensa, mais comum em crianças, pode afetar o sono e o bem-estar. Por isso, é fundamental buscar auxílio médico ao perceber alguns dos sintomas. Assim, é possível investigar e identificar a condição, permitindo que o tratamento ocorra.

Para facilitar o diagnóstico, é importante reunir informações como o tempo em que os sintomas estão se manifestando e histórico médico, como alergias anteriores. Além disso, histórico familiar, sobretudo a respeito de alergias em familiares. O diagnóstico ocorre a partir do laudo clínico e avaliação dos sintomas, em que o médico considera a localidade das lesões, a intensidade da coceira, a associação com outras doenças e o histórico dos pais. 

É comum que, ao perceberem as lesões na pele, as pessoas não acreditem se tratar de dermatite atópica, visto que existem outras condições que podem levar ao surgimento das erupções cutâneas, como psoríase. No entanto, quando não tratada, a dermatite pode levar a complicações agudas, tais como a neurodermite e problemas de visão.

Além disso, seus sintomas prejudicam a qualidade de vida, produtividade e bem-estar do indivíduo. Portanto, ao identificar possíveis sintomas, é importante buscar ajuda médica. Devemos ressaltar que o autodiagnóstico deve ser evitado, pois pode retardar o início do tratamento adequado e causar novas crises.

SCORAD: ferramenta para avaliar a extensão da dermatite atópica

Para auxiliar o médico na avaliação e escolha da melhor conduta diante do diagnóstico, é possível contar com uma ferramenta para avaliar a extensão da dermatite atópica. A Calculadora SCORing de Dermatite Atópica, ou SCORAD. Esse instrumento é um questionário que permite pontuar a gravidade da doença e comparar os resultados ao longo dos dias e meses subsequentes, de modo a observar se houve evolução do tratamento.

Os pacientes com dermatite atópica têm usado o SCORAD com frequência, visto que aplica-se de forma prática por meio de smartphones, tablets e computadores. O teste fornece uma avaliação prática e objetiva da melhora ou piora das lesões, abordando critérios como extensão, intensidade e sintomas subjetivos. A ferramenta de avaliação ajuda o médico a administrar e tratar adequadamente. Contudo, não dispensa consulta com o médico alergista.

Como tratar a dermatite atópica?

Sem o tratamento para contenção desses sintomas, a dermatite atópica pode se agravar, visto que as feridas na pele, que muitas vezes descamam devido à coceira intensa, são a entrada de bactérias. Embora a dermatite seja uma condição crônica sem cura, é possível controlar e aliviar os sintomas por meio de tratamentos específicos e cuidados adequados. A terapia visa o controle da coceira, redução da inflamação da pele e prevenção das recorrências. Quando estão presentes infecções secundárias, o tratamento inclui antibióticos tópicos ou orais.

A terapia é individualizada, e deve ser indicada após avaliação de um especialista. Entre os medicamentos mais adotados estão  imunossupressores e anti-histamínicos, além de hidratantes, emolientes e corticoides tópicos. A fototerapia também pode ser uma opção de tratamento. Do mesmo modo, as infusões de imunobiológicos, são uma opção para casos mais graves e que não apresentam resposta ao tratamento convencional.

Esse tipo de medicamento pode ser uma alternativa para indivíduos que sofrem com efeitos colaterais relacionados aos tratamentos convencionais. Outro benefício dos imunobiológicos é a prevenção de hospitalizações e visitas de emergência causadas por complicações da dermatite e comorbidades associadas.

Você pôde conhecer alguns dos principais sintomas da dermatite atópica. Dessa forma, ao identificar manifestações como essas, não hesite em buscar auxílio médico para o diagnóstico e tratamento correto. Além disso, caso já esteja realizando a terapia para essa condição, faça o SCORAD e leve-a para seu médico. Assim, é possível garantir o acompanhamento e evolução do tratamento adequado.

Gostou deste post? Então, confira também outras formas de tratar e lidar com a dermatite atópica!